O corpo foi desenterrado na fazenda da vítima (camisa branca) depois da prisão do campeiro (camisa listrada)

 

A Polícia Militar, em Vargem Alta, prendeu na manhã de quinta-feira (5) o campeiro José Aquiles André, 47 anos, na localidade de São José de Fruteiras. Na delegacia, ele confessou ter matado o fazendeiro para o qual trabalhava em Atílio Vivácqua e escondido o corpo.

 

José havia fugido para Fruteiras, segundo a polícia, depois de ser apontado como o principal suspeito pelo desaparecimento do fazendeiro João Batista Carvalho, 59 anos.

 

Preocupados, familiares de Carvalho, que era divorciado, denunciaram o suposto sumiço, há quase dois meses. Ele havia acabado de vender algumas cabeças de gado por R$ 30 mil e recebera em pagamento uma caminhonete, no valor de R$ 20 mil, R$ 9 mil em cheques e R$ 1 mil em dinheiro. Com forte suspeita de latrocínio (roubo seguido de morte), a Polícia Civil começou as investigações.

 

Mas, a princípio, a prisão do acusado nada teve a ver com o caso em Atílio Vivácqua.

 

Ele estava às margens da rodovia, como se fosse um andarilho. Portava sacola com edredom, colchão, peças de roupa, além de três unidades de munição calibre 22.

 

Durante a abordagem, José tentou passar nome falso e acabou detido por posse ilegal de munição.

 

 

Relembrando

 

João Batista Carvalho, de 59 anos, desaparecera no dia 12 de dezembro. Ele tinha uma fazenda às margens da BR-101, na localidade de Água Preta, zona rural de Atílio Vivácqua.

 

Durante as primeiras vistorias realizadas na propriedade, após o sumiço, a polícia descobriu que o carro dele fora escondido. E as chaves e os documentos do veículo estavam na casa de José Aquiles.

 

 Em janeiro, equipe da Polícia Civil voltou à fazenda para dar continuidade às investigações e descobriu que José havia fugido.

 

 

 

O corpo

Com as informações passadas pelo campeiro na delegacia, o cadáver do fazendeiro foi localizado enterrado no interior da propriedade. Com apoio do Corpo de Bombeiros, os restos mortais de João Batista foram resgatados após escavação no local.

 

Os peritos realizavam os procedimentos para o envio do corpo ao o serviço médico legal (SML) da região, em Cachoeiro de Itapemirim.