Delegado conclui inquérito e pede prisão - Jornal Fato
Polícia

Delegado conclui inquérito e pede prisão

Segundo o delegado, Antônio Suhet poderá responder por lesão corporal, homicídio...


 

O delegado titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida, Guilherme Eugênio, concluiu o inquérito policial relacionado ao crime de homicídio e tentativa de homicídio que matou um rapaz e deixou uma mulher ferida. O crime, que vitimou Danilo Barbosa Ribeiro, de 21 anos, e deixou feria sua mãe, Ana Cristina Papacena Barbosa, de 42 anos, aconteceu no dia 14 de julho por volta das 8h30, no Bairro Alto Independência. O dono do imóvel, o empresário Antônio Carlos Rodrigues Shuet, de 49 anos, teria efetuado os disparos com arma de fogo.  

 

Segundo o delegado, Antônio Carlos Rodrigues Suhet poderá responder por lesão corporal, homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal grave. O delegado já pediu à Justiça o pedido de prisão preventiva. O advogado do acusado havia dito que ele se apresentaria na semana passada, mas não aconteceu. Ele ainda permanece foragido.

 

A confusão

A polícia concluiu que até o mês de abril de 2015, os aluguéis devidos por Edson Rocha Ribeiro, pai de Danilo, a Antônio, haviam sido regularmente pagos. Contudo, a partir de então, problemas financeiros passaram a assolar a família impedindo-a de arcar com os outros  pagamentos futuros.

Segundo consta, o último aluguel pago pelo inquilino Edson a Antônio foi o correspondente ao mês de maio deste ano, mas, por alguma razão, o recibo comprobatório desse pagamento não chegou a ser emitido pelo indiciado.

 

Antes do crime

Um dia antes do crime, por volta das 20h30, Edson foi ao encontro do dono da residência para prestar explicações relacionadas ao pagamento do aluguel em atraso. Havia sido combinado entre ambos que cada prestação correspondente a esses aluguéis seria paga até o dia 10 do mês subsequente. Contudo, até a noite de 13 de julho, Edson não teria conseguido o dinheiro para efetuar o pagamento do aluguel correspondente ao mês de junho.

 

Agressão

Nesse encontro, Edson pretendia informar ao indiciado que no dia seguinte (data do crime) obteria os valores necessários à realização desse pagamento e então o realizaria, com atraso de apenas quatro dias, mas segundo a polícia, o acusado ignorou as explicações e após um desentendimento e ameaças contra Edson e sua família, o empresário passou a agredir Edson Rocha Ribeiro com socos e chutes. Agredido Edson deixou o local e buscou cuidados médicos junto ao Pronto Atendimento "Paulo Pereira Gomes".

No dia seguinte Edson contou a esposa dele Ana Cristina Papacena Ribeiro o que havia ocorrido na noite anterior entre ele e o acusado. Após informar tudo a esposa, Edson foi novamente ao Pronto Atendimento junto ao qual havia buscado socorro na noite anterior, com o objetivo de lá obter o prontuário referente ao atendimento que havia recebido.

Assim que o inquilino partiu em direção ao pronto atendimento, Ana Cristina, inconformada com a agressão, por telefone narrou o fato a uma filha e comunicou também para o filho Danilo Barbosa Ribeiro, que até então, na manhã do crime, estava dormindo. Acordado com a notícia de que seu pai havia sido agredido pelo indiciado, Danilo revoltou-se.

Danilo foi ao encontro de Antônio. Sua mãe prevendo que o pior pudesse acontecer ainda tentou, sem êxito, interferir para que ele nada fizesse. Sem conseguir contê-lo, ela decidiu acompanha-lo.

Na casa de Antônio, Danilo então passou a chamar pelo indiciado, postando-se em frente à janela da casa dele. Ao ser atendido, ela perguntou ao dono da casa o motivo da agressão. A pergunta deu início a uma nova discussão entre eles.

 

Empresário mostra arma

Ao final da discussão, o dono do imóvel mostrou uma arma de fogo a Danilo e sua mãe. O empresário teria dito que eles iram ver o que faria caso o marido de Ana não pagasse o aluguel devido. Desprezando essa ameaça, Danilo perguntou a ele o que ele iria fazer. Logo em seguida, a mulher pediu novamente o recibo do aluguel.

Antonio disse que posteriormente forneceria o recibo, mas Danilo então respondeu, de forma ousada, que a conversa travada não havia ainda se encerrado. Ana insistiu novamente pelo imediato fornecimento do referido recibo. Em meio a esse contexto desfavorável, o dono do Imóvel ordenou que mãe e filho deixassem o local, sob a ameaça de que do contrário efetuaria disparos de arma de fogo contra eles.

Aparentemente, não acreditando, a mulher retrucou dizendo: "dá então, né". Cumprindo a ameaça que havia realizado, o empresário indiciado efetuou os disparos de arma de fogo atingindo com eles tanto Danilo e a mãe, Ana Cristina. Danilo, ainda com vida, e Cristina buscaram abrigo na casa na qual residiam. O indiciado, por sua vez, fugiu do local a bordo de seu veículo e assumiu destino ignorado. 

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