Comerciante confessa que matou estudante de psicologia - Jornal Fato
Polícia

Comerciante confessa que matou estudante de psicologia

Girley Gomes de Araujo, que possui uma loja de celular, se entregou na tarde desta quinta (24) e será conduzido ao CDP de Cachoeiro, com prisão temporária de 30 dias


Foto Facebook

 

Redação

 

O comerciante Girley Gomes de Araujo, 30 anos, foi preso na tarde desta quinta (24) acusado de matar a tiros a estudante de psicologia Fernanda Costabeber, 30, na noite de quinta-feira (17) na garagem de sua residência, no bairro Paraíso.

 

A universitária foi assassinada com quatro tiros - três na nuca e um no ouvido - por volta de 22 horas, logo após estacionar o carro na garagem de sua casa. O assassino fugiu por um beco.

 

Segundo o delegado de Crimes contra a Vida, Guilherme Eugênio Rodrigues, o acusado confessou o crime. Disse que chegou a morar com Fernanda, mas há cinco meses saiu de casa porque não estava agüentando manter o padrão de vida luxuoso da vítima.

 

Ainda, segundo o acusado, que possuía uma loja de celular próximo da Catedral, Centro, nesse período ele começou a se endividar até que precisou fechar o comércio. Ele afirmou ainda que era usuário de cocaína e que chegou a ser ameaçado por traficantes.

 

Para a polícia, ele alegou que procurou Fernanda para que ela o ajudasse a pagar suas dívidas. Ela, no início, ficou de ajudá-lo, mas depois voltou atrás. Então, na quinta, ele esperou a estudante chegar a sua casa e cometeu o crime.

 

Testemunhas viram o assassino surpreender a estudante dentro da garagem de sua casa e a agredir com coronhadas. Ela gritou: "Não me bate, não me bate". Depois ele apontou a arma. A vítima gritou "Não me mate", mas não adiantou.

 

O acusado teve prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça na segunda-feira à noite e se entregou ontem, após negociação com a polícia. Ele será conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro. O delegado pretende concluir o inquérito nos próximos dias.

 

 

O CRIME

 

A universitária foi assassinada a tiros por volta de 22 horas, logo após estacionar o carro na garagem de sua casa.

 

Testemunhas disseram que o assassino estava do lado de fora da sua casa, escondido, e esperou o momento que a vítima entrou com o Corolla na garagem.

 

A polícia suspeita de crime passional, já que não foram levados pertences da vida. Só o celular dela desapareceu, segundo a família. Os pais ligam para o número dela e só dá caixa postal.

 

Vizinhos escutaram quatro disparos. A perícia da Polícia Civil esteve no local e constatou duas perfurações, uma atrás do ouvido e outra na nuca.

 

Um morador afirma que o assassino deu coronhadas na mulher, antes de agarrá-la pelos cabelos. Em seguida deu o primeiro tiro à queima roupa e depois mais três com ela caída no chão.

 

Logo após o crime, o assassino correu pelo beco e subiu a escadaria que dá acesso à rua Euclides da Cunha. "Nós corremos para ajudá-la, mas ela já não se mexia. Quase não havia sangue no chão", lembrou uma vizinha.

Comentários