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A polícia conseguiu prender um dos bandidos mais perigosos do Espírito Santo, que estava refugiado na Bahia. Willian de Moura Campos, 25 anos, é de Cachoeiro de Itapemirim e foi detido na cidade baiana de Mucuri, no último sábado (10).

 

Segundo a polícia, ele é uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo, e atuava no Espírito Santo arrebanhando novos integrantes para o grupo.

 

De acordo com o titular da Delegacia de Crimes contra a Vida de Cachoeiro (DCCV), Guilherme Eugênio Rodrigues, Pica-Pau está sendo investigado por participação em sete homicídios em Cachoeiro somente entre 2016 e 2017.

 

A prisão dele foi resultado de uma ação conjunta entre os policiais da DCCV, do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc), de Vitória, e policiais baianos. Ele foi transferido para o sistema prisional do Espírito Santo.

 

Além dele, a equipe da DCCV já havia colocado atrás das grades Terezinha de Jesus Moreira, mulher do acusado de tráfico Rogério Silva, o Rogério do Village, cujo bando, segundo a polícia, também é integrante do PCC.

 

Crimes

 

Rodrigues explica que, das sete mortes, Pica-Pau teria sido o autor em pelo menos três: no duplo-homicídio no bairro Boa Esperança no dia 7 de agosto do ano passado - de Wallace Delfino Medina e de Pablo dos Santos Rosa - e do assassinato de Victor da Silva Pereira, no dia 27 de fevereiro de 2017 no bairro Monte Belo.

 

Ele também é acusado de ser um dos autores da morte de Jorge Francisco da Silveira Simões, no dia 18 de fevereiro de 2016 e de ser o mandante do assassinato de Edson Silva de Assis, no dia 6 de novembro daquele ano.

 

A polícia concluiu ainda que seu bando foi responsável pela morte de José Antônio Mendes Júnior no dia 21 de abril de 2016. Também descobriu que Pica-Pau teria emprestado a arma que matou o frentista Juscelino Silva Oliveira, no dia 9 de novembro do ano passado.

 

No dia 21 de maio de 2016, segundo o delegado, Pica-Pau teria sido contratado para matar um comerciante do bairro IBC, que levou vários tiros, inclusive na cabeça, e sobreviveu. 

 

Três bandidos participaram da ação. "Foi um crime passional, de mando e ele foi contratado para executá-lo", disse o delegado.