Acusado de assassinar Anna Gava tem habeas corpus negado - Jornal Fato
Polícia

Acusado de assassinar Anna Gava tem habeas corpus negado


Foto: Arquivo/Fato

 

Redação

 

O pedido de habeas corpus de um dos acusados de assassinar a idosa Anna Gava, de 77 anos, em outubro de 2015, foi negado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), na tarde desta quarta-feira (28).

 

No julgamento, a defesa de Juliano Rempto, de 38 anos, alegou que há nulidades no inquérito policial e que não há provas de que ele teria participado do crime. Foi defendido ainda, que uma das testemunhas foi coagida pela autoridade policial.

 

O Ministério Público (MP), por sua vez, destacou que a boa situação financeira da vítima era bem conhecida, assim como o seu envolvimento com a agiotagem. Diante disso, os acusados teriam planejado a invasão à residência de Anna, o roubo de seus pertences, a ida ao banco para a realização de saques e o assassinato dela.

 

A relatora do habeas corpus e desembargadora substituta Heloisa Cariello, disse que possíveis irregulares no inquérito policial, que foi alegada pela defesa, não poderiam contaminar a ação penal. Ela ressaltou ainda, que a participação ou não do acusado será analisada na Ação Penal, não sendo o Habeas Corpus a via adequada para se debater o assunto.

 

A gravidade do crime praticado contra a vítima, de acordo com Heloisa, é incontestável, e ressalva que a pena privativa de liberdade aplicável em crimes como este, do qual Juliano é acusado, torna cabível a prisão preventiva.

 

O caso

 

No dia do fato, eles estudaram a casa da vítima e a viabilidade do crime. De acordo com as investigações, os suspeitos foram até a residência da professora por volta das 19h00. José Ronaldo teria rendido a vítima, enquanto os outros três davam cobertura do lado de fora. 

 

Um teria ficado na altura da porteira da propriedade e os outros dois em locais diferentes da estrada que dá acesso à fazenda de Anna. Em seguida, José Ronaldo sequestrou a idosa e saiu da propriedade com o carro da professora. Ele foi escoltado pelos três criminosos até uma agência bancaria de Jerônimo Monteiro. 

 

Chegando à agência, eles constataram que a professora estava com a carteira errada. A vítima foi levada à localidade de Papagaio e espancada. Um dos suspeitos tentou retornar à residência, mas, ao se aproximar do local, percebeu uma aglomeração de vizinhos e parentes, o que o fez retornar. 

 

Como não obtiveram sucesso na retirada do dinheiro, eles seguiram com a idosa até uma estrada de chão no distrito de Pacotuba, onde a executaram.

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