Árvores em BH
Estivemos em Belo Horizonte, lá nas Minas Gerais...
Estivemos em Belo Horizonte, lá nas Minas Gerais. Um passeio, em família, há muito prometido. Chacoalhamos em um trem durante várias horas, desde Vitória, até que, finalmente, chegamos ao destino, e logo nos arremessamos, para o inevitável descanso, no hotel, no centro da capital.
O dia raiou, e seguimos passeio. Vi, surpreso e embevecido, quase uma mata densa. Uma cidade raiada de verde. Eram sapucaias, cerejeiras, oitis e mais uma infinidade de espécies, rebaixando as imensas alvenarias, para menores categorias. Árvores! Centenas delas disseminadas, charmosas e saudavelmente, por toda Belo Horizonte.
Lá não falta oxigênio, e um jeito bucólico, no meio da metrópole, para se viver. Sou adicto, desde sempre, da maior quantidade de natureza possível. De minha parte, havia de ser lei, para toda gente. Quando mais me aproximo da natureza, mais me reencontro. Basta um olhar para o alto e ver o dossel radiante. Rebaixamos a tecnologia e vivemos, subitamente, em estado, absolutamente, natural.
Claro, conhecemos monumentos e museus maravilhosos. Entretanto, fantástico mesmo, era quando o ônibus ia percorrendo as avenidas, e passava em entre as árvores, sob elas e ao lado. Em todos lugares. Tal como pão de queijo! Lembrei-me de Lorca: " verde que te quero verde".
Foi apenas a constatação de um fato, qualidade de vida! Necessidade e beleza exuberante. Aplaudo àqueles que lá atrás as plantaram. Aos que as conservam, assim como aos que as amam. O planeta não é só azul. O planeta, também é verde.
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Não me resumo ao extrato do sumo que retiras de mim
Nem meu retrato encostado na parede, permite que me vejas como sou.
Não enxergas tanto assim
Ai de mim, que aguardo a manhã alcandorada, onde estarás, vestida de branco
Banhada pela luz distinta.
Raios oblíquos
De viés poético.
E tu, mulher, que não percebes minhas inquietudes, e nem sabes o quanto recôndito, guardo cá dentro, despertara
Toma o meu melhor desejo, santifica o primeiro beijo, o primeiro assunto, e o primeiro beijo, que é o começo de tudo, o desfecho de segredos, inconfessáveis
Que me salve, então, a verdade, aquilo que ainda não sinto, e não é parte minha. O absinto, que trila, feito pássaro, e o vinho que não sorvi, há de vir, tal como a paz que não chegou, ainda, para minh'alma dolorida
Que ressone cada sino, cada ritmo que embala o amor que tenho, e o frontispício de meus sonhos, onde vivo...