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Redação

 

Moradores do Campo Leopoldina, em Cachoeiro, fecharam na manhã desta quarta-feira (16) o principal acesso ao bairro em protesto contra a lama que desce do morro e provoca alagamentos.

 

Eles afirmam que o transtorno é causado pela obra de construção do condomínio residencial Verana e que neste último sábado, durante temporal, uma verdadeira cascata de lama invadiu as ruas.

 

O protesto começou por volta de 6h30 e seguiu até 8 horas. Os moradores estenderam faixa e fecharam a rua com galhos de árvores. Pais de alunos de uma escola particular do bairro não conseguiram passar.

 

"É o único jeito de chamar a atenção para nosso problema. Não agüentamos mais sofrer. Antes descia água, agora é lama e não é pouca. Estamos abandonados", reclama a telefonista Ilsi Maria Gomes, 48.

 

Ela afirma que a população vai realizar outro protesto caso nada seja feito e, da próxima vez, os moradores pretendem fechar a avenida Aristides Campos.

 

"Queremos nosso direito de ir e vir, porque ficamos ilhados quando chove. É muita lama que desce. Estamos sofrendo", afirmou a massoterapeuta Aline Carpanedo, 39.

 

Por meio de nota, a Cipasa informou que as obras do empreendimento Verana Cachoeiro encontram-se regularmente aprovadas pelos órgãos competentes e foram executadas respeitando as normas legais e técnicas exigidas. 

As obras de infra-estrutura do empreendimento já estão concluídas e, inclusive, o Termo de Vistoria de Obra já foi emitido pela prefeitura. 

A cobertura vegetal de proteção dos lotes foi realizada, curvas e bacias de contenção foram executadas, porém em razão da alta intensidade pluviométrica atípica no último sábado, vai reforçar essas ações.

 

 

 

Prefeitura diz que fiscaliza a obra

 

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano informou que fiscaliza a obra segundo a legislação. Afirma que tudo o que estava previsto, como o asfaltamento das ruas e obra de drenagem, foi feito pela empresa.

 

Segundo o órgão, há uma equipe na cidade elaborando projeto de macrodrenagem que pode minimizar os atuais problemas.

 

Pelo que já foi levantado, explicou o órgão, toda a lama vem dos lotes do condomínio e não das ruas. Nesse caso, foi orientado, logo no início da obra, o plantio de grama. A empresa cumpriu o que foi orientado, mas, segundo os representantes, a vegetação não pegou em todos os trechos, e a complementação do plantio já está em andamento.

 

A fiscalização prossegue, e os fiscais vão continuar o acompanhamento das medidas na área.