Lembrancinhas para não esquecer de ninguém - Jornal Fato
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Lembrancinhas para não esquecer de ninguém

Cada vez mais as pessoas decidem enxugar os presentes para não deixar ninguém sem o seu


Presentes grandes, pequenos, caros ou baratos, o importante é lembrar e ser lembrado - fotos: divulgação

Tempos difíceis para a economia, as pessoas se viram como podem para pagar as contas e cumprir com suas obrigações. Mas a tradição de presentear a família e aqueles amigos queridos não pode faltar, principalmente no Natal. E a solução que algumas pessoas encontram é comprar presentes mais baratos e, assim, lembrar de todo mundo. São as popularmente conhecidas como "lembrancinhas".

Essa tradição de presentear as pessoas no Natal vem desde os tempos dos Três Reis Magos, que levaram ouro, mirra e incenso para o recém-nascido menino Jesus. O ouro simbolizava as riquezas da realeza e a proteção de Deus; a mirra em óleo foi ofertada para fazer a limpeza do corpo de Jesus e protegê-lo de doenças; o incenso, para dar proteção através da crença, da fé e da oração. Com o passar dos anos, a tradição de presentear se difundiu pelo mundo. Hoje em dia é muito maior, em razão do consumismo que a vida moderna oferece.

A aposentada Eloíza Valadão que o diga. Paciente renal-crônica há cerca de dois anos, nunca deixa de presentear a equipe que cuida dela, durante a hemodiálise, por três horas, três vezes por semana, durante o ano todo. "É minha forma de agradecer a todos, pois sou muito bem acolhida e tratada", explica.

Todos os anos ela presenteia não somente aos médicos e enfermeiros que lidam diretamente com a sua patologia, mas também lembra de presentear as moças da limpeza, da cozinha e as secretárias. "Não posso esquecer dos meus companheiros de diálise, para não gerar ciúmes" brinca. E como são muitas pessoas - esse ano serão 45 no total - ela recorre às lembrancinhas. Assim, não pesa no bolso e todo mundo é lembrado.

Dona Eloiza recorreu ao casal Karla e Michel Gaze.  Há dois anos no ramo de brownies e confeitados, eles optaram por oferecer aos seus clientes uma lembrança menor, com preço camarada para que possam presentear o maior número de pessoas.

"Nessa época de Natal, as pessoas querem presentear amigos e família e procuram lembranças com preços mais acessíveis, mas não abrem mão da qualidade", comenta Karla.

Para a manicure Gilza Duarte, presentear as pessoas queridas é mais que uma tradição, é obrigação. "Gosto de presentear meus amigos e minha família para mostrar a eles o que eles são queridos. Como são muitas pessoas, preciso ser criativa para não deixar ninguém de fora da lista" disse.

Presentes grandes, pequenos, caros ou baratos, o importante é lembrar e ser lembrado. Nesta época de Natal, estamos sempre com o espirito de renovação, de agradecimento e de esperanças de que o próximo ano será bem melhor. Quem sabe, em 2019, os presentes possam deixar de ser apenas lembrancinhas e se tornarem algo mais substancioso.

 

O primeiro Papai Noel

Não se sabe ao certo quando surgiram as tradições natalinas, mas foi o Papa Libério que as oficializou, em 354 d.C. Além de a História relatar sobre os três reis magos, existe ainda a História de um bispo que levava presentes para crianças de famílias carentes, e também jogava saquinhos de moedas pelas chaminés de suas casas. Este bispo era São Nicolau, que viveu no século IV.

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