O fotógrafo Paulo Mota, de 53 anos, que estava desaparecido e foi encontrado no último dia 09 na localidade de Poço Dantas, sobreviveu, de acordo com familiares, 24 dias sem comer em uma mata às margens da rodovia do Frade.

O genro de Paulo, Amarildo Oackes, falou à reportagem e explicou que o sogro ainda está muito debilitado devido ao trauma sofrido e não conversou muito ainda sobre o assunto. Paulinho, como é conhecido, está internado no Capaac para tratar a depressão.

"Não falamos muito com ele sobre isso. Evitamos, porque ele está muito frágil ainda. Estamos preocupados agora, apenas, com a recuperação dele. No entanto, por curiosidade, eu perguntei apenas se havia comido alguma coisa durante esse tempo, ele disse que não, que havia muitos mosquitos e formigas e que bebia água de um córrego", comenta.

Amarildo explicou que Paulo não desapareceu no dia 18, como alguns conhecidos haviam relatado, mas sim no dia 15.

"Pelo o que nos disse, ele ficou dentro da mata durante todos esses dias. Não foi para outro lugar. Não sabemos se ele estava desorientado quando saiu de casa e nem como esteve neste tempo. Ele tinha costume de andar de bicicleta e caminhar e foi andando a pé até Poço Dantas", disse Amarildo, que ainda falou que não pode confirmar algumas informações, porque Paulo precisa se recuperar para que possam conversar melhor sobre o assunto.

Amarildo mencionou sobre o homem que encontrou Paulinho e disse estar muito agradecido. "Foi Deus, porque o homem disse que não passa constantemente pelo local. Que viu meu sogro e achou estranho ele na mata, e que à noite voltou preocupado em saber quem era. Foi aí que ele chamou a polícia e acionou uma ambulância", complementa.

A família tem esperança de que Paulo se recupere logo e volte a fazer o que mais gosta, que é fotografar.

"Com a graça de Deus, daqui uns tempos ele estará trabalhando novamente, tirando fotos de pessoas e das coisas que gosta. Ele é muito conhecido e querido", finaliza.