O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) vai lançar mão de solução emergencial para o trecho da rodovia Jones dos Santos Neves, entre a rotatória da Polícia Militar, conhecida como Bolo de Noiva, e a entrada do bairro São Lucas.

O percurso, de aproximadamente 300 metros, no sentido centro, será urbanizado e, como consequência, apenas uma faixa de trânsito será mantida - atualmente há duas, mas uma delas está praticamente inutilizada, em péssimas condições.

No local, deverá ser construída calçada cidadã, afastamento com baias para ônibus no ponto existente, e, possivelmente, até ciclovia. As providências dependem de alinhamento com a Prefeitura, responsável pelo ordenamento do trânsito na via.

O assunto foi discutido hoje (8) pela manhã, no Perim Center, empreendimento que fica na região, em reunião com a presença de empresários, o diretor do DER, Enio Bergoli, o superintendente regional do órgão, Roger Soares, articulada pelo deputado federal Evair de Melo (PP) e com a presença, também, da vereadora Renata Fiório (PSD). O grupo foi recebido pelo empresário Osvaldo Perim.

O pedido de solução para o trecho já fora levado ao governador Paulo Hartung (MDB) pelo Movimento Empresarial do Sul do Espírito Santo (Messes), com o objetivo de resgatar projeto de duplicação da via. O encontro de hoje foi em desdobramento desta ação.

Segundo Bergoli, o projeto - elaborado há mais de 12 anos -  de duplicação, hoje, já não atende às necessidades da região, pois não prevê adequadamente interferências como redes de drenagem, dados, energia, dentre outras. Há alguns anos obra chegou a ser licitada e iniciada, mas não avançou e foi abandonada pela empresa que a executava.

O ponto em questão recebe diariamente grande fluxo de veículos e tem gargalos provocados pela rotatória ineficiente no Bolo de Noiva, e, também, por acessos irregulares de veículos oriundos de bairros adjacentes, que atravessam a pista, quando deveriam fazer o contorno, causando retenção do tráfego, ou, até mesmo, acidentes fatais.

Para resolver todos os problemas, analisa Bergoli, só mesmo a licitação de novo projeto técnico e obras. Processo que demanda tempo, além de muitos recursos para a contratação e execução, além das desapropriações.

Como saída emergencial, a opção explicada com mais detalhes pelo superintendente Roger Soares, incumbido para a ação, seria a humanização de parte do projeto de duplicação já existente - arcaico no seu todo - que seria readequado para disciplinar o fluxo no trecho e torná-lo mais funcional, enquanto a solução definitiva não é engendrada.

Sem necessidade de licitação ou novo projeto, a intervenção depende, apenas, de composição com a Prefeitura, pois, apesar de estadual, a via tem características urbanas e não mais de rodovia.

A viabilidade foi debatida logo em seguida, na mesma manhã, com o prefeito Victor Coelho (PSB). As obras seriam realizadas pelo próprio DER, mas precisam estar adequadas ao planejamento municipal do trânsito na região. só a partir disso será possível estabelecer prazos para que sejam executadas.

Além dos problemas de fluxo, outra situação que seria resolvida é o acúmulo de água e lama em alguns pontos nos períodos de chuva.