Comitê reúne informações - Jornal Fato
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Comitê reúne informações

O grupo foi criado sábado(14) pelo governador Paulo Hartung e se reuniu na terça-feira (17) pela primeira vez


 

O Comitê Gestor da Crise Ambiental no Rio Doce realizou sua primeira reunião na terça-feira (17), no Corpo de Bombeiros, em Vitória. Estrategicamente, as informações reunidas neste grupo irão fundamentar as ações do Governo do Estado contra a Samarco, além de projetos de recuperação da porção capixaba da Bacia do Rio Doce.

O grupo foi criado sábado pelo governador Paulo Hartung. Por meio dele, serão analisados relatórios e laudos técnicos, resultado de coletas das amostras de água que estão sendo feitas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hidricos (Iema) e pela Samarco, além de estudos promovidos pela área acadêmica.

"Entre as tarefas determinadas hoje aos integrantes deste grupo estão que eles comecem a quantificar os danos causados ao meio ambiente, à economia do Estado e também à população", afirmou o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rodrigo Júdice, que coordena o Comitê.

Entre os objetivos destas reuniões, além de propor projetos e atividades a serem aplicados em soluções que minimizem a passagem da lama de rejeitos da Samarco no Espírito Santo, as informações coletadas e discutidas pelos seus representantes também servirão de base para futuras ações civis contra a mineradora.

 "Já ajuizamos uma ação cautelar contra a Samarco Mineração pedindo, judicialmente, que a empresa adote aquilo que foi requerido administrativamente pelo Iema. Essa é uma ação preparatória para uma ação civil pública, na qual será exigido da empresa a reparação pelos danos causados", afirmou o procurador-geral do Estado, Rodrigo Rabello.

O secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, João Coser, fez uma explanação de todas as medidas já adotadas até o momento. "Estamos atuando de forma totalmente integrada e preventiva. Nossa primeira preocupação foi em relação à segurança da população e ao abastecimento das cidades. Contamos com a solidariedade de outras prefeituras e empresas. Agora passamos a nos preocupar também com os impactos ambientais e sociais da passagem da lama pelo Espírito Santo", afirmou.

Também compõem o Comitê: o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto; o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar; Coronel Carlos Marcelo D'Isep Costa; Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, Tenente Coronel Francisco José Silva Gomes; a diretora-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Sueli Tonini; o diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Paulo Paim; e o procurador geral do Estado, Rodrigo Rabello. Nada impede que o grupo se articule também outras instituições que estejam envolvidas em ações voltadas para o Rio Doce.

 

Onda de lama

Devido à chegada da lama em Baixo Guandu na noite de ontem, a água tornou-se imprópria para o consumo, mas, por conta do trabalho integrado e do monitoramento realizado pelo Sistema de Comando Operacional, a população de Baixo Guandu não está passando necessidades por falta d´água. "A antecipação das ações de contingenciamento dos Governos Federal, Estadual e Municipal possibilitou uma nova captação de água e fornecimento, por meio do Rio Guandu, chegando ao atendimento de quase 100% da população, restando apenas o bairro Mascarenhas, que recebe a água através do transporte", explicou o coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual, tenente coronel Hekssandro Vassoler.

Mesmo com a situação sob controle, a campanha para doação de água mineral continua e um estoque está sendo preparado, para qualquer emergência.  

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