Câmara recebe evento para debater AIDS e Direitos Humanos - Jornal Fato
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Câmara recebe evento para debater AIDS e Direitos Humanos

Representantes de diversos municípios estiveram presentes para discutir o tema


Foto: Rafaela Thompson

 

Para marcar o Dia Mundial de Combate à AIDS, comemorado no dia primeiro deste mês e o Dia Nacional dos Direitos Humanos, celebrado no próximo domingo (10), a Câmara Municipal de Cachoeiro recebeu na tarde desta sexta-feira (8), representantes de diversos municípios para discutir o tema.

 

LGBTFobia, preconceito, racismo, gravidez precoce, saúde pública para classes em vulnerabilidade, intolerância religiosa, prostituição, doenças sexualmente transmitidas e falta de acesso à informação e educação sobre estes assuntos foram debatidos no plenário. Estiveram presentes no encontro, secretários de municípios vizinhos, representantes das classes LGBT e vereadores.

 

O evento foi organizado pelo Núcleo Pedra, movimento militante das causas LGBT em Cachoeiro.

 

 Antônio Marcos de Carvalho - Foto: Rafaela Thompson

"Precisamos falar destes assuntos. Precisamos cobrar o poder público a oferecer mais acesso à essas pessoas em situação vulnerável. Este evento é para marcar duas datas importantes para nós. Ainda temos pouco apoio dos governos. Vai desde a falta de camisinhas para distribuição gratuita à falta de acesso a exames rápidos para diagnosticar casos de AIDS, HIV, Hepatite e Sífilis nas Unidades Básicas de Saúde, e, principalmente de orientar e acompanhar essas pessoas contaminadas, que na maioria das vezes fazem parte dos grupos abrangidos pelos Direitos Humanos. Precisamos de mais apoio. LGBT, negro, pobre, membros de religião com origens africanas, grávidas na adolescência, e os demais, precisam ser olhados com mais carinho", comentou Antônio Marcos Carvalho, membro da Comissão Municipal de Direitos Humanos e do Fórum Estadual LGBT.

 

O evento teve apoio do vereador Diogo Lube, que compôs a mesa ao lado de Antônio Marcos e outros representantes do estado. "Ainda vivemos uma onda muito grande de intolerância, de conservadorismo. Principalmente com essa crise de segurança não só na nossa cidade, mas no Brasil, que faz com que entendam Diretos Humanos como "direitos dos manos". Como direito de defender vagabundo na cadeia, dar privilégios a pessoas que comentem delitos, na verdade, direitos humanos é muito mais que isso. Queremos dar equidade a todos os grupos, não só os marginalizados, mas a todos os grupos aos quais tem os seus direitos questionados. Esse evento é muito importante para cidade. Um pontapé inicial para discutir esses assuntos".

 

Segundo os organizadores, outros eventos como este devem ser feitos com mais frequência no próximo ano na cidade. "Tivemos alguns avanços, poucos. Mas vamos continuar nossa militância e promover mais eventos com este. Queremos debates sadios com a sociedade e o poder público. Queremos avançar com o que é nosso direito", disse Antônio Marcos.

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