Cachoeiro perde Cafunga - Jornal Fato
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Cachoeiro perde Cafunga

Figura lendária da Praça Vermelha, Jose Cláudio Magalhães, o Cafunga, faleceu domingo aos 89 anos; velório acontece, desde 7h, no IBC


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Baluarte da Praça Vermelha, Jose Cláudio Magalhães, o Cafunga, faleceu domingo (19), aos 89 anos de idade. 

Figura lendária do icónico local cachoeirense, Cafunga foi um dos idealizadores - e, por muito tempo, o principal organizador - da Festa dos Amigos da Praça Vermelha, realizada há quase três décadas e meia. 

Descobrira recentemente uma grave doença: câncer de pulmão, segundo o sobrinho Fernando Netto, que recebeu o título de Cachoeirense Presente Nº 1 da Praça Vermelha na edição deste ano do evento.

Muito querido por todos, lembra o sobrinho, Cafunga era um dos decanos da festa, junto com Braulino. 

Cultivava legião de amigos e admiradores. E era considerado "memória viva" de Cachoeiro de Itapemirim, por conta dos acontecimentos marcantes que vivenciou e tinha o dom de narrar e emocionar.     

A jornalista Célia Ferreira, membro da comissão organizadora da tradicional Festa dos Amigos da Praça Vermelha, declarou ontem em suas redes sociais: "Meu querido Cafunga partiu hoje, me deixando um pouco mais solitária. Nos anos em que ele era o principal organizador da Festa da Praça Vermelha, eu era sua 'assessora'. As reuniões mais longas eram aquelas em que estávamos sozinhos, ele divagando com seus 'causos', seu humor, seu jeito filosófico de comentar sobre tudo e todos".

Ela não deixa de destacar o aprendizado: "Nesses meses, estreitávamos uma relação que não parecia ter intervalos, tão afetuosa e alegre que era. Com ele aprendi sobre Cachoeiro, sobre a Praça, sobre o serviço público, sobre Baptistinha. Aprendi sobre pessoas e sobre história, sobre ética e sentimento, sobre a vida e sobre a morte também". 

E conclui: "Vai em paz, meu amigo, que o seu legado é grande. Só lhe digo que, hoje, meu lado esquerdo está difícil de carregar". 

O amigo Almir Forte também se pronunciou: "Cafunga foi um Cachoeirense ímpar. Um operário intelectual que falava de todos os assuntos que importavam para a humanidade. Falava do que estava acontecendo no mundo, os motivos das guerras e a importância de lutar pela paz. Defensor de mundo com liberdade, justiça e igualdade e o fim da exploração do homem pelo homem". 

Acrescentou Forte, à reportagem do ES de FATO: "Acima de tudo, estava seu amor pela família, pelos amigos e por Cachoeiro. Hoje, a cidade fica menor, mais triste. E a Praça Vermelha não será mais a mesma sem sua presença e suas histórias".

 

Velório

O velório está ocorrendo na manhã desta segunda-feira (20), desde às 7h00, no cemitério do bairro IBC, em Cachoeiro. Mas o sepultamento é no cemitério municipal do Coronel Borges, às 11h. 



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