ES fecha trimestre com menor número de assassinatos em 28 anos - Jornal Fato
Estadual

ES fecha trimestre com menor número de assassinatos em 28 anos

Ainda assim, 227 pessoas já foram executadas no Estado em 2024, de acordo com registros do governo capixaba; no sul, redução chega a 10,3%


- Divulgação

O Espírito Santo terminou o primeiro trimestre de 2024 com o menor número de homicídios registrados para o período, desde 1996. 

Em janeiro, fevereiro e março, somados, foram 227 assassinatos, contra 281 no mesmo recorte temporal do ano passado. 

Ao todo, a redução acumulada no comparativo com 2023 chega a 19,2% até aqui, aponta o governo capixaba.

Na série histórica de 28 anos, o melhor resultado para um trimestre havia sido em 2022, quando o Estado alcançou 252 homicídios no período. 

Todas as regiões do Espírito Santo apresentam redução de assassinatos. As quedas foram de 16,8% na Região Metropolitana, 15,5% no norte, 10,3% no sul, 36,7% no noroeste e 14,3% na região serrana.

O governador Renato Casagrande ressaltou a importância dos investimentos na área da segurança pública e elogiou a motivação dos policiais do Espírito Santo, em especial, daqueles envolvidos em prisões qualificadas de lideranças de organizações criminosas.

"Nosso trabalho para diminuir o número de crimes contra a vida é contínuo. E temos conseguido, mês após mês, ano após ano, conquistar uma redução nos homicídios. Enquanto uma pessoa perder a vida, não podemos comemorar, mas temos que valorizar nosso trabalho de redução que tem surtido efeito desde que o programa Estado Presente retornou em 2019. Esse trabalho passa por nossas forças de segurança. Veja como foi importante a prisão do Marujo (homem apontado como um dos líderes do tráfico na capital), tirando do convívio da sociedade uma pessoa tão perigosa. E alcançar conquistas como essas, passa por ter um Governo organizado, profissionais valorizados, bem estruturados, com equipamentos de referência no País e motivados a alcançar resultados cada vez melhores", declara o governador.

Secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, que também coordena o programa Estado Presente em Defesa da Vida, considera esse um novo indicador histórico para o Espírito Santo. 

"A segurança pública é um desafio diário, mas são resultados como este que nos mostram claramente como uma política pública sólida e bem articulada traz efeitos positivos para a vida das pessoas. Investimentos em pessoal, infraestrutura e aparelhamento das forças policiais, inteligência e articulação, além das ações preventivas e de proteção social. Esses são pilares que fazem do Estado Presente um exemplo para o País", enumera Duboc.

"Os principais líderes de organizações criminosas foram colocados na cadeia. Isso desarticula o crime organizado e as disputas por território do tráfico de drogas. Um exemplo disso é o município de Vitória, que apresentava aumento de mortes e, com um trabalho focado e a retirada de circulação de bandidos que ordenavam ataques, fechou o mês de março com apenas um homicídio registrado. Só temos que agradecer a todos os nossos policiais pelo belo trabalho realizado, dentro do eixo policial do programa Estado Presente", diz o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas.

 

Menos mulheres mortas

Outro dado que demonstra evolução e redução é o homicídio de mulheres, além dos feminicídios. Ao todo, foram 21 assassinatos de mulheres em 2024, sendo que deste total, oito foram causados pelo crime de gênero. 

No ano passado, o primeiro trimestre registrou 25 mortes de mulheres, sendo dez feminicídios.

A redução chega a 16% no total. O secretário de Estado da Segurança Público divulga investimentos realizados pelo governo capixaba para dar mais segurança e alternativa de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.

"Neste mês das mulheres, fizemos o lançamento das nossas salas Marias, que vão contribuir para humanizar e agilizar o atendimento dessas vítimas em nossas delegacias 24h da Grande Vitória. Antes, o deslocamento era grande para a unidade especializada que centralizava esses flagrantes em Vitória. Agora, a mulher poderá ser atendida em seu próprio município e sem nenhum tipo de contato com o agressor. É mais uma ação, além de todas as que já lançamos anteriormente, fortalecendo a rede de proteção às mulheres", afirma Eugênio Ricas.

Comentários