Artes marciais afastam crianças das drogas - Jornal Fato
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Artes marciais afastam crianças das drogas

É o Recruta Cidadão, que ensina artes marciais à juventude e conta com o apoio da Polícia Militar local


Projeto conta com apoio da Polícia Militar em Mimoso do sul

Um projeto de Mimoso do Sul está ajudando a afastar da criminalidade e das drogas crianças e adolescentes daquele município. É o Recruta Cidadão, que ensina artes marciais à juventude e conta com o apoio da Polícia Militar local.

O projeto foi idealizado pelo segurança patrimonial Caio Cesar Poubel Oggioni, 28 anos, com a ajuda de dois amigos. Ele, que há 10 anos chegou a se envolver no mundo das drogas, disse que não deseja que crianças venham a passar pelo que ele viveu.

"Na comunidade onde eu vivo, vejo crianças, algumas com 9 a 10 anos, se envolvendo com as drogas. Isso vinha me incomodando. Eu que fui dependente químico, conheço bem esse submundo, e não quero ver mais ninguém entrando nesse mundo errado", comentou Caio.

O comandante da 2ª Companhia do 9ª Batalhão, capitão Rody, ressaltou que, por meio do projeto, a PM tem feito parceria com a comunidade para trabalhar com as crianças na base que é a educação, com aulas sobre fiscalização de trânsito, a atividade policial e prevenção e combate a drogas.

O projeto tem duas reuniões semanas no Morro da Palha, comunidade de Mimoso. Na segunda, o encontro é no centro comunitário, onde as crianças e adolescentes aprendem kickboxing e defesa pessoal. Na quarta, os participantes assistem, no Sopão da Rozinha, aulas com voluntários, como policiais militares e advogados, sobre diversos temas.

"Queremos aproximar a juventude dos agentes de segurança pública para que vejam que a PM não é inimiga, mas parceira. As crianças e adolescentes precisam compreender que há uma parte da vida melhor de se viver", disse Caio.

O mestre de kickboxing, Muay thai e capoeira, Levi Vitorino de Almeida, elogiou a iniciativa: "Um projeto envolvendo a PM, a comunidade e o esporte de luta é tudo de bom. É melhor do que uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora, que foi instalada em comunidades do Rio de Janeiro)".

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