Setor de alimentos tem resultado positivo - Jornal Fato
Economia

Setor de alimentos tem resultado positivo

Após a licença de instalação do Porto Central, em Presidente Kennedy, novas oportunidades começaram a surgir


O setor de alimentos segurou a queda da indústria capixaba em janeiro deste ano marcando um aumento de 0,4%. De acordo com o IBGE e a análise do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), a indústria capixaba sofreu um recuo de - 7,8% comparado ao mês de janeiro de 2017. A produção de alimentos positiva foi influenciada pela produção de bombons, queijos, embutidos, carnes e massas.

 

O setor de alimentos foi o que mais cresceu em 2017, mesmo diante da crise, e neste ano mantém se na dianteira de setores como metais não metálicos, metalurgia e indústrias de transformação. Segundo o presidente do Sistema Findes, Léo de Castro, a consolidação da indústria de alimentos fortalece a economia capixaba. "Temos visto o desenvolvimento deste setor no Espírito Santo no último ano, a exemplo do crescimento de 13,2% na produção física da indústria de alimentos em 2017, o maior do estado. É importante estimular a diversificação e ampliação da cadeia produtiva", argumentou Castro.

 

Entre os setores que sofreram maior variação negativa na produção física de janeiro, estão os de minerais não-metálicos (-17,6%), metalurgia (-16,2%) e celulose (-7,7%), além da indústria extrativa (-4,4%). Para o diretor-executivo do Ideies, Marcelo Saintive, a economia brasileira crescerá em ritmo diferente do Espírito Santo. "O Brasil vai bem neste ano por um efeito cíclico, o que tende a ter impacto no Espírito Santo, mas o cenário para a indústria capixaba ainda é de indefinição", destacou.

 

Para o presidente da Findes, o Espírito Santo precisa concentrar esforços em novos projetos e investimentos, a fim de diversificar a indústria. Este ano após a licença de instalação do Porto Central, em Presidente Kennedy, Sul do Estado, novas oportunidades começaram a surgir.

 

"O Porto Central é um investimento de R$3,5 bilhões, é o maior projeto modal na América Latina. Temos ainda o Porto da Imetame. Nos próximos dois anos esse setor vai ser o motor do crescimento", afirmou Castro.

 

O presidente ainda destacou investimentos que vão alavancar a economia e o emprego no Estado, a construção da P-71 no estaleiro Jurong em Aracruz, a Brametal que fabrica estruturas metálicas para geração de energia, está ampliando sua planta industrial.

 

Espírito Santo continua em 2º na produção produtor de petróleo e gás

 

O Fato Econômico Capixaba de março mostrou que o Espírito Santo se manteve, em 2017, como o segundo maior produtor de petróleo e gás do país. Os dados, apresentados na coletiva de imprensa mensal do Ideies, revelam que o estado representa 14,4% do volume produzido pelo país, à frente de São Paulo (13,5%), atrás apenas do Rio de Janeiro - líder com 66,6% da produção nacional de petróleo e gás.

 

Na análise mensal, o estudo aponta que o Espírito Santo perdeu o posto de segundo maior produtor de gás apenas em quatro meses. Na produção de petróleo, o Espírito Santo ficou atrás de São Paulo apenas no mês de julho - período em que a plataforma P-58, no campo das Baleias, sofreu manutenção.

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