Cultivo de cana dá salto de 390 mil toneladas - Jornal Fato
Economia

Cultivo de cana dá salto de 390 mil toneladas

Em três anos, fornecimento de cana aumenta de 10 mil para 400 mil toneladas no litoral sul capixaba


Estiagem prolongada seguida de bom tempo é a explicação. Plantios aumentam - Foto: Divulgação

Três anos depois de terem fornecido apenas 10 mil toneladas de cana-de-açúcar à Usina Paineiras, os produtores rurais do litoral Sul capixaba comemoram: na safra deste ano, que segue até setembro, eles devem entregar 400 mil toneladas. Com a boa expectativa, também estão plantando mais, para as próximas safras.

O balanço é de Luciano Henriques, presidente da cooperativa dos fornecedores de cana da região (a Coafocana), que abrange os municípios de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy. Segundo o presidente, a estiagem prolongada dos anos anteriores, seguida pelo bom tempo desde o ano passado, é a explicação.

"Os produtores de cana-de-açúcar estão com uma expectativa muito boa para esta safra que começou há 45 dias. Viemos de três anos de produção muito baixa, ao ponto de só conseguirmos 10 mil toneladas em 2015, mas desde o ano passado o clima está bastante favorável", comemora Luciano Henriques.

O bom tempo também contribui para o aumento da área plantada pelos produtores em relação aos últimos anos. "Nos anos anteriores, perdemos grande parte do que plantamos. Agora, estamos voltando a plantar como antes, e esperamos que o fornecimento volte ao normal em breve", afirma o presidente.

A Coafocana representa mais de 500 produtores rurais da região, sendo que a maioria deles são agricultores familiares que, há décadas, dedicam-se quase exclusivamente ao cultivo da cana-de-açúcar.

 

Cadeia

O fornecimento de cana-de-açúcar pelos produtores impacta diretamente no resultado da indústria que transforma grande parte dessa matéria prima em etanol e açúcar: a Usina Paineiras, que atua há 106 anos ininterruptos em Itapemirim (ES). Em 2015 a fábrica moeu apenas 285 mil toneladas de cana-de-açúcar, mas em 2018 deve chegar a 700 mil toneladas (com expectativa de, em mais alguns anos, voltar à capacidade instalada de 1,2 milhões de toneladas).

Toda essa cadeia canavieira é a segunda principal atividade econômica do litoral sul do Espírito Santo, gerando e mantendo cerca de 15.000 empregos diretos e indiretos, valorizando a cultura agrícola de mais de 200 anos da região.

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