Cachoeiro de Itapemirim fechou o ano de 2017 com queda de 2,55% no nível de emprego. No total, 1073 vagas foram fechadas de janeiro a dezembro, mês em que o resultado foi desastroso, com a extinção de 661 postos de trabalho.

 

A indústria puxou a fila, com 499 demissões não repostas, mas todos os setores da economia do município também geraram déficit no emprego formal, conforme mostram dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (26).

 

A reportagem fez contato com o Sindirochas, que representa o setor de rochas ornamentais, principal indústria de Cachoeiro, mas não obteve respostas até o fechamento desta edição.

 

 

Histórico

 

O resultado completa o quarto ano consecutivo de queda no número de empregos. Em 2016, a queda foi ainda maior, com 2647 postos de trabalho fechados.  Em 2015, foram 2402. Em 2014, no início da série negativa, 286.

 

A soma dos quatro anos de redução do mercado de trabalho atingiu 6408 ocupações. Embora o resultado de 2017 tenha sido ruim, a curva mudou de direção. Ainda se demite mais do que se contrata, mas o ritmo é menor depois do ápice de 2016.

 

Secretário manifesta preocupação

 

Segundo Felipe Macedo, Secretaria de Desenvolvimento já tem ações previstas para este ano

 

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Felipe Macedo, a situação é preocupante e a Secretaria já tem previstas ações para este ano. Entre elas, um programa de qualificação profissional, o Qualifica Brasil, que busca levar para diversos lugares o acesso a uma formação técnica de qualidade.

 

Outro apoio para quem está desempregado, destaca, é a oferta do microcrédito para quem deseja se tornar um empreendedor. Em 2017, foram feitos 5.296 atendimentos na Sala do Empreendedor, que fica no Mercado Municipal São João, no bairro Amarelo, com o objetivo facilitar a legalização de pequenos negócios. Já a Van Itinerante do Empreendedor realizou 694 atendimentos, passando por todos os bairros e distritos do município.

 

"O desemprego aumentou, mas temos também um registro grande em relação ao Nossocrédito. No ano passado, foram liberados quase 3 milhões de reais para os pequenos negócios, o que demonstra o crescente interesse das pessoas em empreender e serem donas do seu próprio negócio", revelou Felipe.