Alta da energia ameaça empregos - Jornal Fato
Economia

Alta da energia ameaça empregos

Indústria sente o impacto. Segundo a Acisci, conta dobrou de preço e demissões são inevitáveis


A inflação chegou a 8,13% nos 12 meses terminados em março, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) bateu 1,32%. A energia, que no mês passado ficou, em média, 22,08% mais cara no país, é a grande vilã do ano na economia brasileira, e os reflexos já são sentidos no setor comercial e industrial de Cachoeiro de Itapemirim, que começa a demitir funcionários.

 

De acordo com o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci), Pedro Luiz Sandrini, as empresas estão sendo obrigadas a realizar cortes em vários setores, entre eles no de recursos humanos.

 

"O comércio cachoeirense não está sentindo muito o aumento nas tarifas de energia, mas a indústria é o setor que está sendo mais penalizado. O valor das contas de luz dobrou e o momento é de crise, que afeta todo o país por uma série de fatores, mas o principal está relacionado à crise energética", afirma Sandrini.

 

O presidente da associação conta que se reuniu nesta semana com empresário que tem 50 funcionários e precisará demitir oito, pelo aumento da despesa com energia elétrica. "A situação é preocupante, mas pedimos que os empresários tenham equilíbrio, pois não há perspectiva de melhoras na economia este ano", pede Pedro Sandrini.

 

Mais aumento

 

Em agosto - data base do reajuste anual no Estado -, as tarifas de energia devem sofrer novo incremento. Segundo a Aneel, as revisões anuais tarifárias vão ocorrer normalmente para todas as fornecedoras do país. Mas ainda não há a proporção de quanto deve ser o novo aumento.

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