Na noite de quarta (16), em seu segundo dia de programação, a 7ª Bienal Rubem Braga contou com auditório cheio para debater vida e obra de Vinicius de Moraes e o processo criativo. Participaram os escritores José Castello, Moisés Liporage e Tom Farias, todos do Rio de Janeiro.

A partir das perguntas da plateia, ficou claro o forte interesse em saber mais sobre a relação entre os três convidados e as personalidades que foram alvo de pesquisa em seus trabalhos. A mesa-redonda teve como tema "Se todos fossem iguais a você - o entusiasmo criador".

Tom Farias revelou que, para biografar a escritora Carolina Maria de Jesus, frequentou muitos dos locais por onde ela passou. "É preciso entrar na vida da pessoa sobre a qual vamos escrever. Seguir os passos dela", defendeu.

Liporage e Castello citaram a importância da dedicação em pesquisa também na ficção, para criar bases sólidas para a criação literária.

Porém, o modo como Vinicius de Moraes se dedicava à vida e à escrita acabou dominando o bate-papo. Castello escreveu biografia sobre o "Poetinha" e teve a oportunidade de repassar aos participantes o que observou.

Para ele, a marca de Vinicius é a paixão, palavra que se destaca no título da biografia. "Para os escritores que estão jogando sério, que não fazem literatura pelo dinheiro, a escrita é algo muito íntimo. Sem paixão, não se faz nada", aponta.

Esta e outras mesas redondas se concentram no Auditório Marco Antonio de Carvalho. A Bienal segue na Praça de Fátima até este domingo (20), realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), apoiada pelo governo do estado, Unimed Sul Capixaba, Sebrae, Sesc, Senac, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes - campus Cachoeiro), TV Gazeta Sul e jornais ES de Fato, Aqui Notícias e Folha do ES.

A programação completa, totalmente gratuita, pode ser acessada no site oficial: bienalrubembraga.cachoeiro.es.gov.br.