O ano de 2018 foi de intensa atividade cultural em Cachoeiro de Itapemirim. A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo promoveu eventos de projeção nacional, incentivou a produção artística local por meio de editais de apoio e apostou em ações de preservação da memória e educação patrimonial.

A 7ª Bienal Rubem Braga, realizada entre 15 e 20 de maio, levou cerca de 50 mil pessoas à Praça de Fátima, que foi palco para mais de 200 atrações culturais, com a participação de 255 artistas, e lançamento de 26 livros. A feira literária homenageou célebres amigos do cronista (Vinicius de Moraes, Candido Portinari e Sergio Buarque de Holanda) e pôs cachoeirenses e visitantes em contato com grandes nomes da cultura nacional nas mesas-redondas, oficinas e palestras que promoveu.

Após hiato de quatro anos, o Festival de Artes Cênicas de Cachoeiro ressurgiu com mais força, em outubro, apresentando 25 espetáculos de diferentes regiões do país e um da Argentina. O evento envolveu 75 artistas e levou apresentações de teatro e dança a espaços culturais e áreas abertas, alcançando milhares de pessoas. No mesmo mês, a Semcult promoveu a Semana da Criança, na Praça de Fátima, com muitas atrações para a criançada curtir com a família.

"Nesses três eventos, contamos com importante apoio da iniciativa privada, captado por meio de editais. Também a partir de editais, oportunizamos ampla participação de artistas de Cachoeiro nessas atividades. Esse modo de contratação democratiza o acesso ao recurso público, trata a todos de maneira isonômica e, ao mesmo tempo, valoriza os talentos da terra", avalia a secretária municipal de Cultura e Turismo, Fernanda Martins.

Por falar em apoio à classe artística local, a Lei Rubem Braga, de incentivo à cultura, continuou a gerar frutos em 2018. Ao longo do ano, foram executados 14 projetos culturais financiados com recursos dessa política pública, em áreas como literatura, música e audiovisual. E a seleção das propostas inscritas no edital deste ano, lançado em setembro, está em andamento - serão escolhidos 28 projetos para execução em 2019.

Patrimônio

Também em setembro, a Semcult deu início ao projeto de educação patrimonial permanente "Doce Terra Onde Eu Nasci", que promove visitas de estudantes aos prédios históricos de Cachoeiro. Até o momento, participaram 762 alunos cachoeirenses e 150 visitantes de outros municípios. "O objetivo é ajudar a formar cidadãos que saibam reconhecer o valor e a grandeza do patrimônio histórico e cultural de Cachoeiro, bem como a importância de preservá-lo", frisa Fernanda Martins. 

As ações em favor da preservação do patrimônio também se traduziram em melhorias em prédios históricos. Na Casa da Memória, foi iniciada a reforma que vai garantir ao imóvel de 1920 a troca de telhado, forro e instalação elétrica, além de pintura interna e externa. O investimento vai propiciar um espaço mais adequado para abrigo do acervo de 15 mil livros da biblioteca municipal, que está funcionando, provisoriamente, na antiga sede do clube Ita (rua Dr. José Paes Barreto, 52, Centro).

Sede da prefeitura, o centenário Palácio Bernardino Monteiro teve a fachada revitalizada com reparos e pintura, recentemente. Já o Museu Ferroviário Domingos Lage, prédio que completou 115 anos em 2018, ganhou repintura nas partes interna e externa, reparos no banheiro e limpeza do forro.

Memória

A Semcult também se empenhou em ações pela preservação da memória de Cachoeiro. Cerca de 43 mil registros fotográficos que ajudam a contar a história do município foram incorporados ao acervo digital do Arquivo Público Municipal Evandro Moreira. Também foram registrados, em áudio e vídeo, para fins de pesquisa, 40 depoimentos de personalidades cachoeirenses.