Como cidadão brasileiro, que ralou muito para passar em um concurso público, repudio as palavras do senhor Luís Inácio Lula da Silva, que há poucos dias, em mais um de seus discursos vazios, onde a plateia é composta apenas por sindicalistas e militantes petistas, disse que "a profissão de político é mais honesta do que o concursado". Segundo esse ser desprovido de inteligência humana, "o político tem de ir para as ruas pedir voto ao povo, e o concursado faz uma prova, e se passar, fica o resto da vida recebendo um salário".

 

Esse cidadão, que por diversas vezes já declarou sentir-se orgulho por ser semianalfabeto, portanto, não tem a menor noção do que seja passar horas, dias, meses e anos afio estudando para prestar um concurso público, deveria se recolher a uma das celas da Polícia Federal, onde há provas mais do que suficientes mostrando que ele é o maior ladrão da história política do Brasil, e nunca mais sair de lá.

 

Diferentemente dos filhos do senhor Lula, que ficaram milionários de uma hora para outra enquanto o pai foi presidente da República, eu não tive um pai que pudesse bancar meus estudos, tampouco ele teria coragem de roubar escancaradamente os cofres públicos para me fazer milionário, mas, do alto de sua humildade financeira, me ensinou a ter caráter, humildade e honestidade, e a almejar na vida somente o horizonte em que eu pudesse chegar com as minhas próprias pernas, meus próprios esforços. Meu pai é um exemplo para minha família, pois me deu tudo que um homem precisa, mesmo sem ter bens materiais. Do alto de seus 87 anos, nunca pisou em uma delegacia de polícia, nem para registrar uma ocorrência.

 

 Já o senhor Luís Inácio Lula da Silva, creio, não deve ser exemplo nem para filhos, nem para netos e nem para cidadão nenhum do mundo. Sua desonestidade está mais do que provada nas investigações do petrolão. Seu enriquecimento ilícito é visível e palpável. Meu pai ninguém sabe nem o nome, a não ser que olhem meus documentos, entretanto, ficará para a história de minha família, de uma geração que leva seu sobrenome. Já o senhor Lula, também entrará para a história, mas a história da corrupção, da desonestidade, do enriquecimento ilícito, do banditismo.

 

Só quem já comeu o pão que o diabo amaçou para passar em um concurso público, como eu, sabe o que é perder noites de sono estudando, deixar de sair para se divertir em finais de semana ou feriados para estudar; deixar de comprar uma roupa, um calçado ou qualquer outra coisa, às vezes as mais básicas possíveis, por ter de bancar os próprios estudos. Isto, sim, é motivo de orgulho - tanto para mim, quanto para meus filhos e meu pai.

 

E que ironia do destino: em bem pouco tempo sairá das mãos de um concursado, o juiz federal Sérgio Moro, que com toda certeza também teve de estudar muito para chegar onde chegou, o golpe fatal que talvez fará Lula mudar de ideia quanto aos concursados. Com toda certeza, e com muita fé em Deus, veremos esse cidadão atrás das grades pagando por seus crimes. Quem sabe na solidão do cárcere ele não pensará: "Seria melhor ter me esforçado para passar em um concurso público, ou me dedicado honestamente a qualquer profissão, do que ter roubado uma Nação".