Os fatos estão aí - Jornal Fato
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Os fatos estão aí


O ano de 2016 já acabou. Agora, tudo se resume a confraternizações, festas natalinas, festas de final de ano, e daqui a pouco já é 2017. As esperanças se renovam para o próximo ano, mas..., com a economia crescendo igual rabo de cavalo, o futuro a Deus pertence.

 

Mas, e 2016? Se fizermos uma retrospectiva dos fatos que ocorreram este ano veremos que ele foi meio atípico, diferente de outros anos, onde também ocorreram fatos importantes e marcantes, mas este, talvez nunca acabe para muita gente. Tivemos um acidente ambiental sem precedentes no Brasil (e para o Espírito Santo): o acidente da barragem da Samarco em Mariana (MG). No campo esportivo, uma tragédia de avião dizimou o time de futebol da Chapecoense - o Brasil chorou! No campo econômico, tivemos uma recessão que, com muito empenho das equipes econômicas e sofrimento de todos os brasileiros, levaremos alguns anos para nos recuperar, e 12 milhões de pessoas perderam seus empregos - milhões de famílias choram todos os dias por isso.

 

No campo da Justiça, enquanto o juiz Sérgio Moro vira herói nacional, e a Operação Lava a Jato se torna cada vez mais a única - deixe-me melhorar isso: A ÚNICA - esperança do povo brasileiro de diminuir a roubalheira do dinheiro público, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi desmoralizado pelo senador Renan Calheiros, que recusou assinar e acatar uma decisão do ministro Marco Aurélio, e colocou a Corte contra a parede - por isso, nas redes sociais, agora passou a se chamar "Supremo Tribunal dos Frouxos". Aliás, esse senador, que é réu em 11 processos no próprio "Supremo Tribunal dos Frouxos", inclusive, por corrupção, adora desafiar o Judiciário. E o pior é que a ratazana desse senadoreco, ao ser indagado sobre as decisões do STF, fez as seguintes afirmações: "Decisão do STF fala por si só. Não dá para comentar judicial. Decisão judicial do Supremo Tribunal Federal é para se cumprir". Mas... É para quem cumprir? Se fosse bom político igual é cara de pau, estávamos feitos.    

 

Dos acontecimentos "nunca antes visto na história deste País", talvez os mais, digamos, inusitados ocorreram no campo político. Os últimos três tesoureiros do Partido dos Trabalhadores foram para trás das grades. O senador, líder do governo petista, foi parar na cadeia (Delcídio do Amaral); tivemos um deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados, também preso; tivemos o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, preso; e tivemos a primeira mulher eleita presidente da República posta para fora do poder pela porta dos fundos. E mais: toda uma farsa montada e executada durante os 13 anos de governo petista caiu por terra - seria coincidência ou maldição, já que o número da sigla PT também é o "13"? Até os líderes do ilusionismo político do PT, o marqueteiro João Santana e sua esposa, foram para trás das grades. E para piorar um pouquinho mais as coisas, nas eleições municipais de outubro deste ano o PT foi praticamente extinto, e seu fundador, o ex-presidente Lula, a qualquer momento - "para o bem da democracia" - também irá para trás das grades.           

 

Os fatos são incontestes, são teimosos. E da mesma forma que o ex-presidente Lula gosta de dizer que "nunca antes na história deste País", para enaltecer aquilo que ele nunca foi, aquilo que seu partido PT nunca fez, em se tratando de Lula e do PT, eu não canso de usar a expressão "contra fatos não há argumentos". Ainda que o PT queira tentar mudar a história, queira criar uma outra versão dos fatos, como o tal do "golpe" do impeachment, naturalmente suavizando os próprios pecados, a realidade é cruel, os fatos estão aí.

 

Para o PT o ano de 2016 nunca passará. E as coisas podem ficar pior ainda em 2017, já que a prisão de Lula é dada como certa.  


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