O tempo passa e você não para - Jornal Fato
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O tempo passa e você não para


É, os dias passam devagar, passam tão devagar que chega a alguns momentos que bate uma angústia, aquele sentimento profundo que esta a martelar dentro da alma.

 

Os dias se arrastam, e esse arrastar muitas vezes é aquele martelar de antes, tão súbito, doloroso e irritante.

 

São 24 horas, os dias têm somente 24 horas para se realizar todos os afazeres: acordar, tomar o café da manhã, ir ao trabalho, almoçar, continuar trabalhando, tomar um café, trabalhar novamente, chegar a casa, ler, ir à academia, fazer algo que goste, cuidar dos filhos, contar uma história, escrever.

 

A vida acaba caindo numa rotina arrebatadora, e sem por menos, a outrora também caí nessa rotina.

 

Os finais de semana, muitas das vezes são a libertação dessa rotina, ou, não.

 

As horas passam docilmente, os minutos quase não os vemos mais, segundos são quase inexistentes. E o tempo se rasteja.

 

Ainda é possível viver sem se incitar, e sim se surpreender. Mas é o que se diz, o dia passa vagarosamente e ele se arrasta, as pessoas se arrastam, tudo vai sendo paulatinamente arrastado.

 

Porém, quando a sexta-feira chega, ah não, a sexta-feira é a glória para um sábado diferente, ou não. Acordarei, tomarei meu café, ficarei a pensar na vida, trabalharei em casa; posso ler. E quando o domingo reinar e estiver tudo calmo, sereno, eu com a minha família, lembrarei da minha segunda-feira, que lástima não. Nesse momento, serei puxado à realidade e a concretização que voltarei a trabalhar e os dias seguiram lentamente até o outro final de semana.

 

Pensando bem, alguns dias não se arrastam, e nem passam devagar, ele passa conforme eu me entrego a eles, eles são leves e plácidos, tão intactos quanto às roupas novas que comprei e nunca usei. É, afinal, os dias não passam calmamente, as pessoas é que estão um pouco morosas.

 


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