Marataízes não pode parar - Jornal Fato
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Marataízes não pode parar


Provavelmente, o retorno, a esta altura, do prefeito Jander Nunes Vidal (PSDB) ao comando da Prefeitura de Marataízes vai demandar tempo para a reorganização administrativa. Mas, fez-se justiça.

 

Não é admissível um eleito ficar impedido de exercer o mandato conquistado nas urnas, indefinidamente, sem nenhuma condenação. Seria a cassação banca, como esta coluna já advertia há meses.

 

A morosidade judicial produziu situação inusitada. Pode ter colocado a perder um período administrativo inteiro no município. Até seu afastamento, seis meses depois de assumir o mandato, Jander pouco pôde fazer.

 

Pego de surpresa, Robertino Batista da Silva, o Tininho (PT), assumiu a cadeira de prefeito sem ter se preparado para tal. Resultado: gestão morosa e, juridicamente, insegura.

 

Avançou em relação aos problemas do município menos do que a maré sobre a orla maratimba.

 

O capital político de Jander se reduziu muito. Durante o afastamento o seu desgaste foi enorme.

 

É nestas condições, complicadas ainda mais por Comissão Processante aberta na Câmara com o objetivo de cassá-lo politicamente e pela proximidade de sua própria sucessão eleitoral, que retoma seu posto.

 

Talvez, a diferença a seu favor resida na experiência. Diferente de Tininho, não começa do zero. Na verdade, recomeça após quatro anos e meio de mandato e 21 meses sabáticos.

 

E quem enfrentou longa batalha judicial, está calejado o suficiente para reverter, na Câmara, a má situação política. Estar no poder ajuda muito nestas soluções, como a história tem mostrado.

 

O período afastado deu a Jander tempo de sobra para avaliar os erros que cometeu e condições de fazer, no pouco que lhe resta de mandato, os ajustes necessários para que a máquina administrativa engrene.

 

Não é momento para caça às bruxas. É hora de arregaçar as mangas e trabalhar. Marataízes já perdeu tempo demais. Não pode parar. De novo, não.

 

DESTAQUE. A volta de Jander à Prefeitura de Marataízes é assunto que domina a coluna de hoje. Ao lado dele, na foto, o advogado Nilton César, o Dr. Niltinho, que teve papel fundamental na derrubada das oito liminares de afastamento 

 

 

Frase do dia

Deverás tomar cada fracasso como princípio de triunfo sempre que dele extraia o elemento que faltou para vencer.

                Louis Scutenaire

 

Sobe

Federais

A falta de representatividade política do sul do Estado em Brasília não é algo a se comemorar, mas, ao menos, tem produzido efeito colateral positivo. Com o campo aberto, deputados federais da Grande Vitória e até Norte do Estado têm se colocado à disposição da região. Se o discurso virar ação, pode ser uma boa compensação. 

 

Desce

Falta de decoro

Na última sessão da Câmara de Cachoeiro, por pouco não saíram no tapa o presidente Júlio Ferrari e o vice Carlos Renato Lino. Tudo porque o segundo apresentou projeto para proibir a reeleição na mesa diretora, composta por ambos. Reeleito duas vezes, Júlio se diz favorável, mas reclama que não foi chamado a assinar a proposta. 

 

Mas, hein?!

Situação e oposição, quando flagrados em corrupção - constantemente -, passam a apontar os escândalos uns dos outros, como se a safadeza alheia lhes desse o direito de roubar também. 

 

Vias de FATO

O Ministério Público não desistiu de manter o prefeito Jander Vidal (PSDB) afastado. Oferece denúncias à Justiça, mas as chances de sucesso, sem fatos novos, são remotas.

 

A ex-vereadora cachoeirense Claudia Lemos e a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub escaparam do constrangimento ao recusarem-se a compor o secretariado em Marataízes. 

 

Do secretariado do interino Tininho, com a volta de Jander à Prefeitura, apenas o secretário de Turismo, Philipe Verdan, tem chances de ser mantido no cargo.

  

Ao vice-prefeito Tininho, resta colher os bônus do período em que esteve como prefeito para se preparar para a corrida eleitoral que se aproxima e não será nada fácil para ele.

 

Prefeitura de Cachoeiro continua pecando no diálogo com as comunidades e também no mundo virtual. A atuação de alguns comissionados nas redes sociais é lamentável. 


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