Se Theodorico Ferraço (DEM) se disser candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, o deputado Marcos Mansur (PSDB), provavelmente, recua e o apoia. É, talvez, o único nome com densidade suficiente para unificar a oposição cachoeirense, mas, é bem provável, não o fará.

 

Ferraço tem votação decrescente no município. Mesmo nas vitórias nas eleições proporcionais, desde 2006. Acumula três derrotas consecutivas nos pleitos municipais - apenas uma delas como candidato, em 2008 - em Cachoeiro.

 

Por isso, toda a movimentação recente, quando propôs a criação de uma ampla frente antipetista, mas relutou em assumir a hipótese de ser ele mesmo o candidato, tem significado mais político do que eleitoral.

 

O objetivo era conter o avanço do deputado Rodrigo Coelho (PT) - tema da coluna de amanhã- na nomeação de aliados para cargos no governo e, ao mesmo tempo, mostrar ao governador Paulo Hartung (PMDB), hoje muito próximo de Rodrigo, o seu desagrado.

 

Eleitoralmente, Ferraço tem mais interesse em Itapemirim. É nesse município que, mais uma vez, os caminhos de Ferraço e o de Mansur se encontram. O tucano apoiaria o demista em Cachoeiro, mas a recíproca só se tornaria verdadeira num arranjo que privilegiasse a esposa de Ferraço, Norma Ayub (DEM), no município litorâneo.

 

Itapemirim é, hoje, administrado por Viviane Peçanha (PSDB), interinamente. A tucana tem em caixa recursos suficientes de fazê-la alçar voo, com investimentos por todo o município. Se efetivada no cargo, terá também o tempo necessário para se consolidar. Além disso, é oriunda da faixa litorânea do município, onde se concentra 60% do eleitorado. Com ela no páreo, as chances de Norma se reduzem muito.

 

Viviane Peçanha é, hoje, a principal dor de cabeça para Ferraço. Ele parece usar a possibilidade de se candidatar ou não em Cachoeiro como moeda de troca em Itapemirim.

 

Sobe

Nossocrédito

O Nossocrédito de Cachoeiro do Bandes prêmio na categoria prata. Pesaram para isso as ações desenvolvidas junto aos micro e pequenos empreendedores locais ao longo do ano de 2014, quando o montante em contratos de microcrédito superou os R$ 2,9 milhões, crescimento de 72% em relação a 2013.

 

Desce

Aeroporto

Quem utilizava o aeródromo do Aeroporto diz que a Prefeitura de Cachoeiro fez o que pode para evitar seu fechamento, mas, ainda assim não foi o suficiente. Pousos e decolagens estão suspensos desde ontem. Além dos donos de aeronaves, o prejuízo é também para pacientes, principalmente do Instituto do Coração.

 

Mas, hein?

A vida não anda fácil para dependentes químicos que pretendem se tratar em Cachoeiro. Primeiro a clínica Santa Isabel restringiu atendimentos e agora falta comida no Caps-ad. É ou não é uma droga?

 

 

Vias de Fato

Os vereadores Wilson Dillen (PRB) e José Carlos Amaral (DEM), dois dos mais experientes de Cachoeiro, não tem mais se entendido bem.

 

Amaral é oposição ao prefeito Carlos Casteglione e Dillen, que já esteve mais distante, recentemente conseguiu emplacar a esposa na subsecretaria de Comunicação.

 

Depois de muito tempo, a prefeitura de Cachoeiro anunciou ontem obras. Trata-se da retomada de drenagem em rua do Aeroporto e a realização de outra, em Soturno.

 

Quando secretário de Meio Ambiente, em 2011, Delandi Macedo (PSC) autorizou desmatamento em Área de Proteção Permanente (APP), em episódio ainda mal explicado.

 

Agora, vereador, de vidraça, Delandi passou a estilingue e denuncia aterro de nascente em APP, por uma empresa do setor de rochas, em Soturno.