Estamos assistindo ao febril (?) movimento da construção e reconstrução de estádios desportivos (e depois, para que servirão?) e outras necessidades ou bobagens exigidas pelos cartolas do "esporte bretão".  São milhões e milhões gastos à larga, que ficarão enferrujando como lembranças tristes do deslumbre chamado Copa do Mundo, onde só mesmo os "cartolas" faturam. E o nosso "dinheiro" fica enferrujando enquanto as autoridades irresponsáveis que tivemos o desprazer de eleger "" presidente que mal sabem falar o Português e nunca ouviram outras línguas. Sim, eles ficaram, como testemunhos da irresponsabilidade, da megalomania de maus governantes.

Não ganhamos um título. Nada ganhamos e, talvez arrependidos, veremos nossas crianças buscando uma escola sem goteiras, com carteiras apenas utilizáveis, sem professores motivados, merenda escassa, mesmo assim cheios de esperança acreditando na possibilidade de um futuro mais farto, mais limpo, mais justo. Mas só conhecerão desculpas de "falta de verbas", gastas com interesses particulares de falsos representantes do Povo.

Nada muda por aqui. E vemos com tristeza as carências da Saúde, da Educação, da Segurança, pois não temos de fato representantes do Povo, mas sim exploradores do Povo, que gastam com sua vaidade o que deveria ser gasto com as necessidades do Povo. E continuamos à mercê de bandidos cheios de lábia. A Sociedade sempre à espera, embora enganada sempre, vendo as divisões sociais, sofrendo os logros sociais e aceitando as mentiras, a hipocrisia, a impiedade dos ricos, os logros dos mandatários que ele não aprende a escolher = para os mandatários, o resultado do trabalho de todos. A violência cresce a cada dia e o rigorismo das leis se afrouxam ao retinir do vil metal, transforma-se em cangalha e cai no lombo de quem sua para ganhar algumas moedas. E têm a obrigação de serem honestos, para que os políticos possam ser desonestos sorridentes sempre. Daí nasce a violência, a injustiça.

Os "representantes" gastam a fortuna dos impostos com seus confortos e as amostras, cada vez mais pequenas, dos direitos do Povo. Falta segurança, falta saúde, falta vergonha. Mas "eles" continuam a ser aplaudidos, que o povo não precisa ter cultura, ter conhecimento da realidade (segundo conceito de falsos líderes).

Há sonhadores que reclamam, exigem Justiça, são inconvenientes.

E a vida continua, imutável, com a mútua aceitação das dificuldades, que falta coragem, falta a fé, falta o brio, falta a Cultura.

Não bastam o Carnaval, os discursos das autoridades, o tapinha no ombro?! Falta o dinheiro mas felizmente existe a saúde, o tapinha nas costas (às vezes).

 

Evandro Moreira