Dr. Celso, quanto orgulho! - Jornal Fato
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Dr. Celso, quanto orgulho!


Faltavam pouco minutos para o avião começar a atravessar o Oceano. As perguntas do comandante eram lacônicas e exigiam do médico respostas vitais. " A passageira reclama de dor no peito"?  Podemos seguir  mais quatro horas de vôo até nosso destino"? Neste momento, apenas a experiência de um profissional com mais de quase 40 anos de prática e um homem temente à Deus fizeram com que a resposta fosse perfeita. "Sim, diga ao comandante que podemos seguir". 

 

Esta história se passou a bordo de uma aeronave com mais de 300 passageiros, entre os quais viajava um grupo de brasileiros que foram se capacitar em San Diego. Eles seguiam para a Assembleia Internacional do Rotary 2017, onde se encontraram com outras dezenas de líderes dos quatro cantos do mundo.

 

Estava correndo tudo na mais perfeita ordem, até que o comissário solicitou que se houvesse um médico a bordo que se apresentasse à equipe. Celso dormia com um anjo, quando eu o chamei. Assustado, acordou com meu chamado. Imaginei que a necessidade seria para uma das companheiras do Rotary. E era! Imediatamente, ele se apresentou  e começava ali uma verdadeira experiência na qual eu classifico de uma atitude de solidariedade e conduta médica perfeitas. Para mim, ele foi o  super herói.

 

Ao chegar perto da nossa amiga, Celso percebeu que o pulso era quase zero. Ela estava um pouco desorientada, relatando sensações de desmaio. Celso pediu que fosse colocada imediatamente deitada, mesmo que fosse no chão, e ali colocava em prática, toda a experiência da ciência aliada a que um homem pode ter de mais valioso nesta vida: a fé.

 

Com parcos recursos a bordo, para não dizer nenhum, nossa amiga foi posta no oxigênio e sendo monitorada pelos batimentos do pulso. Aferir a pressão com aparelhos àquela altura nem pensar. Depois outros médicos se apresentaram e também auxiliaram no caso.

 

Depois de uma hora, agachado, dizendo palavras de otimismo, e controlando a pressão arterial dela pelo pulso, ou seja, pelo toque e sensibilidade das mãos, Celso a conduziu ao seu assento novamente. Mais corada, já orientada, nossa companheira estava bem.

 

Me colocando no lugar do meu marido por apenas um minuto, concluo que há horas que o que é vital é ter segurança naquilo que conhecemos e no que fazemos. Também se diferenciam os seres humanos que são solidários e têm a conduta sustentada no nosso Guia maior: Deus! A Ele toda honra e toda Glória por ter usado Celso como seu instrumento nesta experiência aqui relatada e, em tantas outras. que certamente só eles sabem.


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