Desenvolvimento X Apocalipse - Jornal Fato
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Desenvolvimento X Apocalipse


O Brasil continua mergulhado em profunda crise política, econômica, social e mais que isso, crise existencial. E é nesse contexto que os grupos mais obscurantistas do país apressam-se em apresentar suas ideias e proposta para os nossos governantes.

 

No momento em que a crise política tende a diminuir, depois que os movimentos sociais liderados pela CUT, CTB, UNE, UBES, MST e diversas outras entidades foram as ruas em defesa da democracia e respeito ao resultado das urnas, a tese do impeachment da presidente Dilma ficou mais distante.

 

A presidente Dilma tem agora a oportunidade de recompor sua base no Congresso Nacional, com a sociedade, os trabalhadores, a juventude, as mulheres e implementar uma pauta que agregue os brasileiros com geração de empregos e continuidade da política de redistribuição de rendas.

 

A prioridade deverá ser um projeto de desenvolvimento sustentável, a diminuição das taxas de juros, a reforma tributária, a regulamentação do imposto sobre as grandes fortunas que desde 1988 está previsto na Constituição Federal e a regulamentação da mídia para acabar com o monopólio econômico dos meios de comunicação.

 

Considero salutar a preocupação da presidente com o futuro de nossos aposentados, pois há muito suas aposentadorias vem sendo cada dia menor, com os reajustes não acompanhando a inflação e trazendo desalento àqueles que muito contribuíram e pouco recebem.

 

No entanto, antes de reformar a Previdência o país precisa urgentemente desse novo projeto que fortaleça a indústria nacional agregando novas tecnologias, facilite o acesso ao financiamento com taxas de juros que beneficie a produção de bens e não a especulação financeira que nada produz.

 

Portanto, a presidente deve enfrentar a besta do apocalipse capitaneada pela oposição sem propostas para o futuro e preocupada somente em inviabilizar o projeto vencedor nas últimas eleições, ou se entregar e aceitar a pauta que levará o país ao retrocesso e ao obscurantismo neoliberal, que desde 2002 vem sendo derrotado nas urnas pelos brasileiros.

 

Feito isso, poderemos discutir a reforma da previdência que a curto e médio prazo não trará prejuízo aos aposentados, conforme afirmam vários especialistas independentes e comprometidos com a verdade e a democracia em nosso país.


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