Delação capixaba - Jornal Fato
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Delação capixaba


 

No deserto o que nos traz esperança é a terra prometida e na terra prometida o que nos traz temor é a lembrança do deserto

Calebe Ribeiro

 

 

As delações dos ex-executivos da Odebrecht causaram sérias avarias em políticos do Espírito Santo.

 

Se no processo judicial, todos são inocentes até que o contrário seja provado, fora, o ônus da prova é invertido. Por isso, as denúncias vieram acompanhadas da imediata condenação popular.

 

É bem provável que na lista gigantesca, que atinge além dos capixabas outras dezenas de políticos pelo país, haja inocentes.

 

Mas, mesmo estes, ou talvez principalmente eles, estão encrencados, porque sua argumentação não difere dos que têm culpa. 

 

Ninguém jamais viu delatores mais gordos, ou autorizou a terceiros negociar em seu nome.

 

Entretanto, os ex-executivos apontam com desconcertante riqueza de detalhes os locais de negociações, as datas de pagamento, os interlocutores e os receptores.

 

Desesperadamente, alguns políticos ponderam que a aprovação de suas contas eleitorais  ateste sua idoneidade.

 

Porém, a própria Justiça Eleitoral tem a sua incompetência (ou conivência?) exposta nas mesmas delações.

 

Foram bilhões utilizados para desequilibrar campanhas sob as barbas de quem deveria fiscalizar.

 

O peso das acusações congelou a política no Espírito Santo, deixando estupefata a população, encurralados os citados - sem poder de reação e submetidos ao massacre na opinião pública - e amedrontados os que (ainda) não foram.

 

É um cenário de incertezas que se abate sobre as principais lideranças do Estado apontado até recentemente como um farol para o Brasil, mas, agora, arrastado de maneira irreversível para o breu da política nacional.

 

 

 

DESTAQUE. Houve algum atropelo na entrada, mas, por fim, a Multivix permitiu a entrada das centenas de pessoas que foram lá, ontem, em busca de uma vaga de emprego ou estágio, anunciadas em feirão aberto ao público

 

 

 

SOBE

 

Ipaci

 

O Instituto de Previdência do Município de Cachoeiro de Itapemirim (Ipaci), após cumprir todas as exigências estabelecidas pelo Ministério da Previdência, conseguiu o desbloqueio de R$ 864.613,26 referentes à contribuição do servidor que já trabalhou na iniciativa privada.

 

 

DESCE

 

Victor Coelho

 

As coisas têm deteriorado rápido para o prefeito Victor Coelho (PSB). Depois da votação acachapante que o levou à Prefeitura, a falta de ação tem minado sua base de apoio. A falta de traquejo político tem cobrado alto preço. Na Câmara, é crescente a insatisfação. Nas ruas, também.

 

 

 

Mas, hein?!

 

Já arrumaram vários endereços, mas nenhuma solução para a Casa do Cidadão, que continua prestando péssimo atendimento no prédio da Câmara.

 

 

 

Vias de FATO

 

Candidato a prefeito de Cachoeiro no ano passado, Jathir Moreira (SD) teve as contas de sua campanha rejeitadas pela Justiça Eleitoral. Ainda cabe recurso.

 

Depois do fiasco nas eleições de 2016, o ex-presidente da Câmara de Cachoeiro, Júlio Ferrari (PMDB), procura recomeçar longa da política, na Bahia.

 

Entra prefeito, sai prefeito e a demanda pela volta do atendimento local das ligações de emergência para o telefone 190 continua em pauta, mas sem definição.

 

Ainda leva tempo até o Mercado da Pedra finalmente funcionar. Mesmo depois da reinauguração em dezembro, ainda falta instalar de padrão de energia, que custa R$ 10 mil.

 

A Prefeitura de Cachoeiro diz que quer "agilizar" o processo e tenta negociar a redução do preço para que a compra seja feita sem licitação. Mas não tem adiantado muito.


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