Ellas: 55 cachoeirenses participam passeio e intercâmbio em Arraial do Cabo - Jornal Fato
Cachoeiro

Ellas: 55 cachoeirenses participam passeio e intercâmbio em Arraial do Cabo

Durantes a troca de experiências, os assuntos pautados foram o enfrentamento à violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha e as redes de apoio.


- Foto: Divulgação/ Projeto Ellas.

No último domingo (5), 55 mulheres integrantes do projeto Ellas, de Cachoeiro de Itapemirim, participaram de uma trilha mais que especial em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. O passeio também serviu como intercâmbio para troca de experiências, contando com a presença de uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade.

A recepção contou com um maravilhoso café da manhã, onde o Subcomandante da GCM, Willian, e a Superintendente da Mulher, Valéria Moreira dos Santos Mendes, estavam presentes para conhecer o Projeto Ellas. E durante todo o dia, a guia de turismo, Jamili, e os guardas municipais, Ana Lúcia, Suellen, Camila e Luiz participaram do passeio com o Projeto Ellas.

As meninas capixabas puderam apreciar a linda paisagem de Arraial do Cabo, por meio de trilha e passeios de jardineira e de barco por ilhas da cidade. Durantes a troca de experiências, os assuntos pautados foram o enfrentamento à violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha e as redes de apoio.

"Hoje o projeto Ellas é onde me realizo, pois, ver os testemunhos de mulheres que participam dele me faz pensar que estou no caminho certo. Trabalhamos em grupo vários assuntos sobre a mulher e nas trilhas elas se sentem realizadas por ultrapassarem os limites do impossível. É fantástico!", declarou a idealizadora do projeto, Denise Marçal Koppe.

 

Sobre o Projeto Ellas

O grupo "Ellas Mulheres", em Cachoeiro de Itapemirim, foi criado com o objetivo unir mulheres para juntas, se ajudarem. No grupo que realiza as trilhas, o contato com a natureza serve também para momentos de reflexão sobre assuntos envolvendo a mulher.

Denise Koppe, explica que "o grupo é de mulheres que já passaram por algum tipo de violência doméstica e familiar. São voluntárias, são profissionais de várias áreas, são empreendedoras e mulheres que buscam um espaço no mercado de trabalho. Temos palestras, rodas de conversas, alguns direcionamentos, serviço social e temos nosso grupo de trilhas e caminhadas".

Denise Marçal Koppe, que idealizou o projeto, é Guarda Civil Municipal há 20 anos, graduada em Segurança Pública e em Marketing Digital, pós-graduada em Criminologia e Segurança Pública, e ainda, pós-graduanda em Violência Doméstica e Familiar.

Casada com Vanderly e mãe de um casal de filhos, o administrador Yann Nicholas e a fotógrafa e digital influencer Yanca Koppe, Denise sempre esteve à frente de causas sociais. Ela explica que o grupo tem o objetivo de unir mulheres fortes e trazer para ele outras mulheres que precisam de apoio de alguma forma.

"Me sinto feliz por proporcionar a elas esses momentos e temos muito a conquistar ainda. Meu sonho é criar a Casa Lilás, lugar onde será nosso ponto de encontro, onde realizaremos todas as nossas ações em grupo",

 

Borboleta é o símbolo delas:

O símbolo utilizado para identificar o grupo é uma borboleta, um dos bichos que sofrem a metamorfose mais completa. Durante a vida, as borboletas passam por quatro ciclos, ovo, larva, pupa (ou crisálida) e fase adulta (ou imago). E assim como as borboletas, a mulher vítima de violência doméstica passa por um período doloroso, fechada em um "casulo", onde se vê sozinha. E quando ela, finalmente, consegue se livrar desse local que a aprisionava, se transforma, fica linda e conhece novos horizontes.
A borboleta azul significa esperança, por isso foi escolhida pelo grupo. É vista como símbolo da transformação, da felicidade, da beleza, da inconstância, da efemeridade da natureza, expressa recomeço, proteção, boas energias.

É o que explica a idealizadora do projeto. "São mulheres que antes se trancavam dentro do casulo, com vergonha de colocarem o rosto para fora, hoje se tornaram borboletas maravilhosas, que batem suas asas em todas as direções. Muitas que pensavam em tirar a própria vida por não suportarem da forma que levavam. Hoje, dizem que o projeto salvou muitas delas".

 

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