Tempo, tempo, tempo... - Jornal Fato
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Tempo, tempo, tempo...

Não sou mais a mesma pessoa que um dia traçou o plano ou a caminhada da vida, é preciso mudar, pois a vida muda, as pessoas mudam, o mundo muda


Não sou mais a mesma pessoa que um dia traçou o plano ou a caminhada da vida, é preciso mudar, pois a vida muda, as pessoas mudam, o mundo muda...

Não sou mais como era antigamente, o tempo, de forma implacável, me transforma e me modifica fisicamente; mentalmente acontece a mesma coisa, então o exercício deve ser constante no sentido de melhorar ou compreender de que não haverá melhora. 

Não sou mais tão forte como achava que era, a fragilidade da vida alcança a todos, pois o tempo é implacável nesse quesito, ou seja, o tempo e a velhice chega pra todos. 

Não sou mais tão esperto assim, pois a cada geração o ser humano se renova e demonstra mais inteligência e adaptabilidade, é ingenuidade e infantilidade achar que sou mais inteligente do que os outros, aceitar as minhas limitações me fará mais sábio e apaziguado de Alma. 

Não sou mais tão frutífero como antes, a boa árvore dá bons frutos; podem existir árvores diferentes, pode ter algumas que dão muitos frutos e outros nem tanto, porém todas são árvores, acalmar e aquietar são funções importantíssimas para compreender sobre dar fruto na "hora certa". 

Não sou perfeito, com tempo percebi meus erros e desvios, posso conviver com eles ou modifica-los; acertar e errar faz parte da vida e do aprendizado aqui na terra. 

Não sou tão lógico como imaginava, o tempo mostra que a vida e as pessoas são ilógicas e inconstantes e eu sou assim também. Cada um vivendo dentro de sua lógica e sabedoria. 

Não sou tão espiritual quanto achava que era, o tempo demonstrou que minha fragilidade física é também espiritual, descobri então que sou carente de cuidados especiais por parte de Deus e de Sua Graça. 

Não sou tão verdadeiro quanto pensava, pois com o passar do tempo, percebi que as verdades modificam conforme minha necessidade de alinhamento com a vida e as pessoas, sou dependente dos outros para as aplicabilidades das verdades. 

Não sou infinito; com o tempo percebi que sou um ser finito, pois muitas vezes, na "mesa" da vida, muitos que estavam sentados saem de cena e os lugares vazios jamais são preenchidos. Isso gera dor e finitude.

 


Leandro Vieira

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