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Subjetividades eleitorais

Em Cachoeiro de Itapemirimalgumas desistências ampliaram a oportunidade para que políticos do município e região possam alcançar mais votos


A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.

Eduardo Galeano

 

Em Cachoeiro de Itapemirimalgumas desistências ampliaram a oportunidade para que políticos do município e região possam alcançar mais votos. A mais proeminente delas, a de Rodrigo Coelho, que já assumiu cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Apenas no município onde fixou residência, o ex-deputado estadual conseguiu em duas eleições seguidas mais de nove mil votos e, na segunda, ampliou suas bases na região. A expectativa era de que, na terceira disputa, crescesse ainda mais, mas se retirou.

O espólio eleitoral que deixa é valioso e já é disputado por candidatos da região e de outras. Dois que poderiam ser beneficiários de sua desistência, os vereadores Renata Fiório e Rodrigo Sandi, em exercício pleno de humildade e análise política, se retiraram do páreo, abrindo margem para os demais - ainda muitos - que concorrem.

Além dos deputados que tentam a reeleição - Claudia Lemos, Marcos Mansur e Theodorico Ferraço - se destacam nomes como o do presidente da Câmara, Alexandre Bastos, e o empresário Marcos Vivacqua, que tem negócios no litoral, mas é de família cachoeirense.

As eleições proporcionais, são, caracteristicamente, de difícil prognóstico. Embora os candidatos possam fazer campanhas no estado inteiro, suas votações se concentram, na maioria das vezes, em nichos muito específicos, o que dificulta a detecção em pesquisas e até mesmo a interpretação dos dados obtidos por elas.

Não raro, nomes que estavam fora do radar surpreendem com votações que os credencia a assumir vaga na Câmara Federal ou Assembleia Legislativa. Portanto, a análise, nestes casos é carregada de subjetividade. 

Até mesmo porque ganhar nem sempre representa ser eleito. Muitas vezes é uma vitória não sair da eleição menor do que entrou.

 

Mas, hein?!

O vereador Braz Zagoto acredita que o ponto eletrônico tornará ainda mais difícil a contratação de médicos pela prefeitura de Cachoeiro. O motivo: "eles terão que cumprir a carga horária". Parei.

 

Sobe

Mais ônibus

As linhas de transporte coletivo que atendem o bairro Ruy Pinto Bandeira, em Cachoeiro, passam a ter maior oferta de viagens aos domingos e feriados. As viagens sobem de 37 viagens para 41 ida e volta até o centro. A expectativa é reduzir de 30 para 25 minutos os intervalos.

 

Desce

Viaduto

A trágica queda da ponte na Itália fez lembrar o modesto viaduto do bairro Sumaré, em Cachoeiro, que aguarda, desde março, reforma anunciada pela Prefeitura em seu pacote de obras, mas que, cinco meses depois, ainda não tem data para que seja realizada.  

 

DESTAQUE. Lidiane e Leopoldo se casam neste domingo (19), no bairro Aeroporto. Ambos trabalham na área de hotelaria com passagens por vários países europeus. Ela natural de Cachoeiro, onde se casam, e ele, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul

 

PARABÉNS. A equipe do Espírito Santo de FATO comemorou ontem o aniversário do designer e fotógrafo talentoso Ronaldo Santos

 

Vias de FATO

Candidato a deputado estadual, o vereador Delandi Macedo ainda busca o melhor tom do discurso, pois é, ao mesmo tempo, líder do governo na Câmara. 

"Faltam médicos nos postos, mas o problema maior está no atendimento em especialidades, o que compete ao estado", discursa, cheio de dedos, para melindrar a Prefeitura. 

O vereador Diogo Lube (PDT) chama atenção para a efemeridade (e - por que não? - desperdício)das operações tapa-buracos realizadas pela Prefeitura, que não resistem à primeira chuva. 

Enquanto em Cachoeiro o cadáver some do cemitério, em Linhares é a viúva que precisa enterrar o marido por falta de coveiro. Nos dois casos, a justiça condenou as prefeituras.


Wagner Santos Diretor e editor Jornalista

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