Muito amor odioso - Jornal Fato
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Muito amor odioso

cho que poucas vezes se falou tanto em amor como atualmente


Por Bruna Hemerly/jornalista

 

Acho que poucas vezes se falou tanto em amor como atualmente. No entanto, quando paramos pra pensar nesse amor, vemos que ele é só quatro letras, nada além.

Durante a campanha eleitoral, quando uma batalha de amor e ódio foi traçada entre grande parte da sociedade, muita gente disse que votava na esquerda por não concordar com o radicalismo da direita, agora, após os resultados e vitória da direita, vejo os mesmos radicalizando ainda mais, desejando o pior para uma nação inteira, e já garantido que vão falar: EU AVISEI.

Sinceramente, não consigo entender. Estamos em meio a uma onda de amor odioso, onde para amar um lado, preciso declarar guerra contra o outro. Gente, é possível ter um lado, uma opinião, convicção e até um amor, sem odiar o outro.

Quando casamos, não significa que odiamos todos os outros solteiros. Simplesmente, escolhemos um, em meio a tantos. Só isso! Você tem o direito de não concordar com o casamento homossexual, mas não precisa odiar quem concorda ou o pratica. É possível não gostar de determinado candidato, sem odiar seus apoiadores. Também dá pra amar a sua igreja, sem atacar todas as outras.

Pra quem se diz cristão, isso é ainda mais estranho. Jesus nos ensinou a amar o próximo, não mandou escolher qual próximo queremos amar. Eu tenho minha forma de ver a vida e de tomar minhas decisões, mas isso não me faz melhor ou mais certo que alguém. Só preciso respeitar!

Pense um pouco mais no amor que tem pregado e no que tem praticado. Mais uma vez, ter um amor não te rotula a odiar todos os outros. Ame de verdade! Só ame!

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