Conexão Mansur: Cachoeirenses na Praça - Jornal Fato
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Conexão Mansur: Cachoeirenses na Praça

Tendo, eu, viajado mais de uma vez para Belo Horizonte, lá minha vista alcançou série de estátuas em bronze de importantes cidadãos mineiros


- Ilustração: Zé Ricardo

No ano de 2013, quando se "comemorava" em Cachoeiro, o centenário de nascimento de Rubem Braga (12 de janeiro) é verdade verdadeira que as livrarias de Cachoeiro não tinham um único livro do cronista, para vender.

Foi quando por aqui apareceu a jornalista da "Revista O GLOBO", Mariana Filgueiras, para fazer cobertura do centenário do nascimento de Rubem e ficou mais que assustada com a pobreza de dados sobre Rubem em Cachoeiro.

E ela sabia do que falava, bastando ler o parágrafo original da matéria de capa da revista, matéria super colorida em seis densas páginas, aonde, ao lado do reconhecimento da jornalista pelos tantos cidadãos ilustres e importantes que Cachoeiro trouxe ao mundo, não pode deixar de lamentar a falta de conhecimento da cidade pelos seus filhos ilustres.

Este é o texto inicial da matéria de Mariana Filgueiras: - "Se houvesse um concurso para eleger "a cidade brasileira com mais filhos ilustres", a pequena Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, levaria com folga. Entre os 5.570 municípios brasileiros, difícil encontrar outro interiorano (capital é covardia, ora) que tenha tantas figuras notórias para o país. Talvez Sobral, no Ceará, se aproxime em quantidade (...). Mas, somente a pacata cidade capixaba viu nascer elenco tão sortido do folclore nacional, a ponto de receber de Vinícius de Moraes o epíteto de "capital secreta". São cachoeirenses: o cantor e compositor (e Rei) Roberto Carlos; o mais importante cronista brasileiro, Rubem Braga; o compositor Sérgio Sampaio; a atriz naturista Luz del Fuego; o produtor musical e diretor Carlos Imperial; o ator Jece Valadão (que foi criado lá, apesar de ter nascido no distrito de Muqui); e a atriz Darlene Glória. Também viveram por lá as irmãs Danuza e Nara Leão."

Para honrar tanta gente ilustre e tantas não mencionadas, e no sentido vencer a pasmaceira local, temos, todos nós cachoeirenses, que apresentar melhor divulgação do que antes, o que contribuirá para o devido reconhecimento de tantos cachoeirenses importantes.

Tendo, eu, viajado mais de uma vez para Belo Horizonte, lá minha vista alcançou série de estátuas em bronze de importantes cidadãos mineiros, os quais ornamentam as vias públicas de maior acesso dos turistas - e cada vez aumenta mais.

 

Estatuetas de Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Burin Marx e Candido Portinari 
 
Bronze de Henriqueta Lisboa 
 
Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara de Rezende e Paulo Mendes Campos 
 
Carlos Drummond e Pedro Nava
 

São eles, e estão reproduzidos nesta página: - Juscelino Kubistchek, Oscar Niemayer, Burle Marx, Cândido Portinari, Henriqueta Lisboa, Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara de Rezende, Paulo Mendes Campos, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e outros que a minha vista e/ou memória não alcançaram.

Unindo a potencialidade dos importantes personagens culturais nascidos em Cachoeiro com a riqueza natural que é o mármore (do qual somos a Capital Nacional, em breve oficialmente), sugestão minha, depois de diálogo com meia dúzia de cachoeirenses, é de que, por aqui, no ponto mais visível da cidade e de amplo acesso aos turistas (Praça Jerônimo Monteiro) sejam plantadas estátuas em mármore (se possível tecnicamente) ou em bronze de uns 10 cachoeirenses importantes, dedicados à cultura e o que vier ao redor dela, sentados como se estivessem em reunião. Desses 10 cachoeirenses, diria que uns cinco deveriam já serem escolhidos pelo poder público (os maiores ícones) e que outros cinco sejam escolhidos através do voto direto do cidadão cachoeirense. E eu, sem nenhuma pretensão ou exigência, entenderia que entre os escolhidos em primeiro lugar (pelo poder público) deveriam ser Rubem Braga, Newton Braga, Roberto Carlos e Zilma Coelho Pinto. Indico tão somente, se isso é pouco, como os três personagens homens mais conhecidos e a grande mulher que dedicou a vida à alfabetização dos mais pobres. Esses 10 cachoeirenses ficariam reunidos, lado a lado, no centro da Praça. E, mediante convênio com empresas de mármore de Cachoeiro, cada uma que colaborasse ficaria registrada na memória e coração cachoeirense.

(Concluindo, trago esperança de que algum (ou mais de um) candidato a prefeito ponha a ideia no seu Plano de Governo, antes da eleição/2024 - Já pensou, Sr. Futuro Prefeito, a Festa que teremos todos os dias na Praça?).

 

 


Higner Mansur Advogado, guardião da cultura cachoeirense e, atamente, vereador

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